Celta de Vigo «Não sei se fico: não quero voltar a passar por isto»
O português Carlos Carvalhal, treinador do Celta de Vigo, que este domingo garantiu a manutenção na La Liga ao vencer, na 38.ª e última jornada, o já campeão Barcelona, no Estádio dos Balaídos, por 2-1, garantiu, após o encontro, que ainda não definiu se continuará no clube galego ou não em 2023/24.
«Não sei se quero continuar. O que sei é que não quero viver uma situação igual [angústia da luta pela manutenção até ao último dia] no próximo ano. Esta vitória é 100 por cento dos adeptos, pelo apoio e entusiasmo que transmitiram à equipa», afirmou Carlos Carvalhal à Cadena Cope, citado pelo diário desportivo madrileno Marca.
«Quando pegámos na equipa, esta tinha os dois pés ‘na água’ [afundada na classificação, em situação complicada]. Pediram-nos que os salvássemos. Há muitas explicações técnicas. Subimos o nível, chegámos a um nível altíssimo, mas, desde a Semana Santa [Páscoa], perdemos a nossa ala direita, com Mingueza lesionado e Carles Pérez a ter de jogar infiltrado durante quase dois meses. Talvez derivado destas ausências, Iago y Gabri caíram de produtividade. Foi um golpe muito forte para a equipa, com poucos jogadores e buracos para tapar. Vivemos situações não muito normais, mas cumprimos o objetivo» revelou Carlos Carvalhal aos jornalistas.
E quanto ao seu futuro, deu a sua convicção: «Para estar num clube, preciso de pressupostos e condições que me satisfaçam. Há um que está cumprido: temos uma ‘afición’ brutal! Do resto, temos de falar. E não, não me agarro a contratos», foi o aviso que deixou à ‘navegação’ (leia-se responsáveis do clube).
Sobre o imenso sofrimento e ansiedade com que viveu os 90’ diante dos ‘blaugrana’, face à imperiosa necessidade do Celta de Vigo – e pressão - em vencer a formação de Xavi Hernández para conseguir a manutenção, sorriu: «Felizmente já tenho o traquejo de ter disputado sete finais, antes. Já vivi momentos muito parecidos com o deste jogo».