Nacional equaciona exposição ao Conselho de Arbitragem
Clube madeirense sente-se prejudicado por várias decisões e elencou os lances que considera terem sido mal ajuízados, com consequências na classificação dos alvi-negros
O Nacional da Madeira anunciou, esta segunda-feira, que está a ponderar fazer uma exposição ao Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, apontando os diversos erros que considera terem prejudicado a equipa orientada por Tiago Margarido desde o início da Liga 2024/2025.
No sítio oficial do emblema da Choupana foram apresentados vários lances, detetados em sete das 16 jornadas já riscadas do calendário, em prejuízo dos alvi-negros.
«A anormal quantidade de erros já verificada, sempre contra o CD Nacional, motiva natural preocupação e resulta num claro prejuízo pontual no campeonato», lê-se no comunicado que foi tornado público.
Os lances em que o Nacional se diz prejudicado:
Jornada 1 | AVS x Nacional
Aos 33 minutos, o atacante Adrian Butzke encontrava-se isolado a caminho da baliza e foi empurrado pelas costas pelo defensor Roux, não sendo assinalada qualquer falta pelo árbitro da partida.
Jornada 2 | Nacional x Sporting
Aos 48′, com o resultado de 1-2 favorável aos visitantes, o árbitro assinala grande penalidade contra o Nacional por suposta falta na área de Bruno Costa sobre Quenda. O ligeiro toque sofrido é claramente nsuficiente para o avançado leonino cair, tendo o mesmo procurado se aproveitar de uma possível grande penalidade que acabou por ser marcada pelo árbitro da partida.
Jornada 3 | Arouca x Nacional
Aos 40’m, o defesa José Vítor sofreu um agarrão evidente dentro da área, cometido por Matías Rocha, numa grande penalidade clara e não assinalada.
Já em tempo de compensação (90+5′), o árbitro considerou faltosa a ação (um toque subtil) do atacante Tiago Reis sobre o defesa Chico Lamba não deixando o lance prosseguir, que culminou com um golo mal invalidado ao Nacional. No mesmo encontro, o árbitro apresentou uma dualidade de critérios diferente em dois idênticos lances.
Jornada 5 | Estoril Praia x Nacional
Logo aos 4′ minutos, o alvi-negro Ruben Macedo dirigia-se isolado para a baliza quando foi derrubado pelo defensor Pedro Álvaro, sendo assinalada ação faltosa mas deixando por mostrar o respetivo cartão vermelho.
Aos 67′, o defesa Boma (Nº 44) rasteirou de forma evidente o avançado Isaac Tomich dentro da área, ficando por assinalar mais uma grande penalidade e interferindo no resultado final.
Jornada 14 | Nacional x Moreirense
Logo aos 8′ minutos, o atacante Isaac Tomich foi empurrado dentro da área pelas costas pelo médio Sidney (Nº 5), onde o árbitro deixou por assinalar grande penalidade evidente.
Aos 62′ minutos o mesmo foi chamado ao VAR por uma falta sobre Isaac Tomich, onde o atleta foi pontapeado na cabeça dentro da área. Mesmo após revisão no VAR, manteve a sua errada decisão. Na sua explicação pública sobre o lance, o árbitro anunciou não ter sido cometida qualquer falta pelo médio Sidney (nº 5), tendo a ação faltosa sido cometida efetivamente pelo defensor Marcelo (Nº 44). Além do erro de não ter assinalado a grande penalidade, evidenciou o mesmo na descrição áudio que efetuou do mesmo lance.
Jornada 15 | Vitória SC x Nacional
O árbitro, ao minuto 18, assinalou uma grande penalidade inexistente por alegada falta de José Vítor sobre Alberto Baio (Nº 22), onde mesmo após ter sido chamado ao VAR para rever demoradamente o lance, manteve a sua errada decisão.
Jornada 16 | Rio Ave x Nacional
Aos 68 minutos, o árbitro foi chamado ao VAR para assinalar uma grande penalidade por mão na bola do médio Bruno Costa, quando o mesmo encontrava-se de costas para o lance e procura apenas encolher-se perante um possível “choque” entre Leo Santos e Aderllan.
No último lance do jogo, aos 90+7′, o mesmo árbitro considera jogo perigoso de Dyego Sousa dentro da área do Rio Ave, sobre o defesa Aderllan, cujo lance termina em golo apontado por Ulisses e acaba mal invalidado, pois não existiu qualquer contacto no início da jogada.
«O CD Nacional continuará a sua luta pela defesa da transparência e da verdade desportiva no futebol português, cujas referidas arbitragens em nada dignificaram esta modalidade e todos os intervenientes deste espetáculo. Continuaremos empenhados na promoção de um futebol positivo mas não aceitaremos, jogo após jogo, que o nosso clube continue a ser alvo de decisões erradas e que colocam, diretamente, em causa os objetivos da nossa instituição», lê-se ainda.