Martínez revela: «Joguei Call of Duty antes da final do Mundial com a França»
Guarda-redes argentino explicou que não estava nervoso para esse jogo decisivo e fez outras revelações, afirmando mesmo que se vai reformar se a Argentina voltar a ganhar o Campeonato do Mundo, em 2026
Emiliano Martínez tornou-se numa das figuras principais da Argentina nos últimos anos e foi peça-chave na conquista do Mundial 2022. O guarda-redes deu uma entrevista à BPlay e revelou mesmo que, se ganhar novamente o Campeonato do Mundo, em 2026, vai reformar-se da seleção.
«Se ganharmos dois Mundiais seguidos, acabou-se, vou retirar-me da seleção nacional. Temos que abrir espaço para outros jovens jogadores», começou por dizer, afirmando que a festa não seria a mesma. «Uma coisa destas não vai voltar a acontecer. Todos nós vimos a Argentina ganhar o Campeonato do Mundo. Eu não o tinha visto. Um miúdo de 7 anos já sabe o que viveu. Vamos ficar felizes e festejar, mas não como no anterior», atirou.
O atleta do Aston Villa recordou essa mítica final com a França, decidida nas grandes penalidades, e garantiu que não estava nervoso antes do apito inicial. «Joguei Call of Duty com os meus amigos antes da final do Campeonato do Mundo contra a França, desde o momento em que comi o lanche até à conversa técnica», contou.
Um dos momentos do jogo foi a defesa espetacular ao remate de Kolo Muani, num um para um, que evitou a nova conquista dos franceses, mas Martínez sofreu com isso. «Tive três meses de insónias depois da defesa contra o Kolo Muani. Toda a gente diz: 'Oh, isso é bom'. Sim, mas e se tivesse entrado? Não quero repetir isso», explicou.
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«Trabalho com o meu psicólogo. Sou campeão do mundo, ganhei quatro Luvas de Ouro, dois The Best e dois Yashin para o melhor guarda-redes do mundo. Estou à procura de algo para melhorar. Faltam-me coisas que me façam esforçar para continuar a lutar contra mim. Hoje, é Dibu contra Dibu. Consegui chegar ao topo e... como é que lutas contra isso?», questionou-se.
«É difícil chegar ao topo e, quando lá chegamos, dizemos.... 'o que é que eu faço agora?' O melhor exemplo é o Messi. Ele ainda está a lutar depois de ter ganho a Bola de Ouro aos 37 anos», finalizou.