Marchesín: o único reforço supersónico na era Sérgio Conceição
Guarda-redes argentino foi o único a assumir a titularidade mal chegou ao Dragão
Nada apologista de lançar no imediato os reforços na equipa, pois entende necessitam de um período natural de aprendizagem e de adaptação à metodologia de treino que preconiza, Sérgio Conceição não tem mudado a sua forma de pensar desde que herdou a cadeira de sonho que se encontrava na posse de Nuno Espírito Santos. Neste período de tempo, em que foi recebendo mais-valias para o plantel nas janelas de transferências de verão e inverno, apenas por uma vez o treinador do FC Porto introduziu um reforço como uma bala no onze.
Apenas Marchesín chegou, viu e… jogou no onze. Num contexto muito particular, pois Iker Casillas tinha sofrido um ataque do miocárdio a 1 de maio de 2019, ainda se encontrava sob vigilância médica apertada, e os portistas tiveram muito pouco tempo para encontrar um substituto à altura do internacional espanhol. A escolha recaiu no argentino, contratado ao América, do México.
O guardião foi apresentado pelo FC Porto a 2 de agosto de 2019 e apenas cinco depois fazia a sua estreia pelos azuis e brancos, numa saída ao Krasnodar (Rússia), num triunfo por 1-0, a contar para as eliminatórias prévias à fase de grupos da Champions. Esta foi a única exceção… que confirmou (e quebrou) a regra de Sérgio Conceição.
Sérgio Conceição sempre apelou a Pinto da Costa e à SAD para contratarem os reforços o mais cedo possível, uma forma de terem tempo para se ambientarem ao grupo, terem conhecimento da cultura de exigência e a adaptação dos atletas contratados às suas ideias. O técnico vai para a sétima temporada no Dragão, num caso de longevidade consecutiva inédita no FC Porto, tendo primeiras chamadas a jogos oficiais em diferentes competições: três encontros ocorreram para a Liga, duas para a Supertaça e uma para Champions (3.ª pré-eliminatória).
Se Marchesín foi o único reforço do FC Porto a alinhar num primeiro jogo oficial, outros jogadores houve que também não tinham passado no clube e entraram em campo no compromisso de abertura da temporada.
Gabriel Veron (proveniente do Palmeiras) foi o último destes casos, rompendo pelo tapete verde do Estádio Municipal de Aveiro a três minutos do final da Supertaça com o Tondela, em 2022/2023. Um ano antes, experiência idêntica havia sido cumprida por Pepê (Grêmio), jogando os últimos oito minutos do jogo da Liga com a B SAD.
Mais há mais exemplos desta natureza… Zaidu (Santa Clara) e Taremi (Rio Ave) viveram as sensações iniciais de dragão ao peito na primeira jornada da liga. O nigeriano partilhou com os novos companheiros 19 minutos e o iraniano apenas três minutos de um desafio com o SC Braga. Assim como Zé Luís (Spartak Moscovo) e Luis Díaz (Junior Barranquilla) na pré-eliminatória da Champions: 45 minutos jogou o colombiano e o cabo-verdiano 16.