Mundial Feminino-2023 «Mágoa» e «orgulho»: as reações das jogadoras à eliminação
Portugal empatou, esta terça-feira, com os Estados Unidos (0-0), na terceira jornada da fase de grupos, dizendo adeus ao Mundial. Após a partida, os sentimentos de todas as jogadoras eram os mesmos: mágoa e orgulho.
Ana Borges:
«Nestas ocasiões temos de conseguir finalizar, mas não foi por falta de oportunidades, de procurar outro resultado, jogámos olhos nos olhos com o líder do ranking.»
«Foi um poste de distância. Mostrámos que podemos jogar olhos nos olhos com qualquer seleção. Infelizmente o poste assim não o quis. Orgulho enorme em fazer parte desta equipa e ser portuguesa. Merecíamos mais.»
Kika Nazareth:
«Acho que temos de sair daqui orgulhosas. Jogámos num estádio com 43 mil pessoas, perante o bicampeão do mundo e o jogo foi nosso. Em jogos destes não podemos desperdiçar oportunidades. Saímos com um sabor amargo. Falou-nos um bocadinho de sorte, o resto esteve lá. Faltou-nos a pontinha de sorte.»
Bola no poste de Ana Capeta: «Perceber que não foi só a Capeta, as 11 que estavam em campo ou quem esteve no banco… Portugal acreditava e foi até ao último minuto, provámos que eramos capazes. Daqui a 4 anos vai haver outro Mundial. As jogadoras, que é o que maia custa, serão outras. Temos um grande caminho pela frente e coisas bonitas, depois deste jogo, tem tudo para acontecer. Vamos fazer coisas bonitas já em setembro nos próximos jogos.»
«O futebol é relativo, não são só números. Não é a equipa que mais ataca que ganha. Por isso é que o futebol é bonito. Acontece, não há padrão, não há resultado definido»
«Tenho dito isto há algum tempo. Este Mundial não é meu, é para quem já cá anda há muito tempo. Se deus quiser irei ter mais Mundiais, se escolhesse palavras seriam os nomes desta equipa. Saio triste por possivelmente não ter mais nenhum Mundial com esta equipa. Sabor amargo, mas saber que no próximo Mundial não vai ser com estas jogadoras…»
Recorde batido e foco na FIFA: «Acho que o que me faz sorrir mais é o que está por trás das câmaras, almoços, praxes, treinos, cuecas que levo, pormenores que as pessoas não veem, às vezes deviam, mas ainda bem que não veem.»
Tatiana Pinto:
«Que este tipo de prestação seja assídua. Faltou concretizar, um pouco de sorte. Colocámos os Estados Unidos a defender bastante. Tiraram as melhores jogadoras porque não estava a dar. Meterem uma linha de cinco atrás. Triste, mas orgulhosa.»
Dolores Silva:
«Difícil expressar em palavras o que o balneário está a sentir. Se havia alguém que não acreditava, não éramos nós. Orgulhosa da minha equipa, o que fizemos nestas semanas. Chegar a hoje, depender só de nós, e fazer o que fizemos com as bicampeãs do mundo… Todas as meninas que nos viram, que sonhavam cá estar… Entrámos em campo por elas, por todas as mulheres, para ser inspiração para Portugal. Fica um sabor agridoce.»
Acompanhou crescimento das jogadoras: «Muito orgulho. Como disse não dá para explicar o que sentimos, o que isto representa para nós, para todas as meninas, para todas as mulheres. Fomos Portugal e mostrámo-lo sem medo. Com respeito, mas sem medo. Serve para inspirar quem está em casa. Que acreditem. Olhem para a jogadora portuguesa com mais respeito e dignidade, o talento está lá. Nunca desistam e acreditem sempre. Orgulhoso da equipa.»