Luís Freire: «Paulo Sérgio é um treinador desafiante»
Vila-condenses perderam na última jornada, em Guimarães (PAULO SANTOS/ASF)

Luís Freire: «Paulo Sérgio é um treinador desafiante»

NACIONAL06.01.202414:52

Técnico do Rio Ave destaca que «os pontos só aparecem com o compromisso»; sublinha a importância de jogar em casa; não abre o jogo sobre a possível presença do 'reforço' Aziz na convocatória

Na antevisão ao encontro que coloca frente a frente Rio Ave e Portimonense, Luís Freire afirma que os vila-condenses vão «à procura de ser felizes» frente aos algarvios, e vinca que o apoio do público no Estádio dos Arcos é «determinante» para ajudar a equipa.

- Que resposta espera da equipa, na sequência de uma derrota no último jogo, em Guimarães (1-0)?

- «Antes de mais, bom ano a todos e a todos os rio-avistas. Penso que temos de encarar este jogo com o 'mood' com que encaramos qualquer jogo, seja contra qualquer adversário. O nosso compromisso, profissionalismo, a nossa ambição é a mesma como se fosse na primeira ou vigésima jornada. Com muitas vitórias, com poucas vitórias, o que nos interessa é aquilo que nós controlamos, que acaba por ser dar o máximo. A nossa obrigação é entrar em campo e dar o máximo, estarmos extremamente comprometidos, estarmos vivos, fazermos o nosso jogo. Temos de fazer aquilo que trabalhamos, com muita entrega, energia e com um espírito positivo, em busca de sermos felizes. Isso é fundamental para a vitória aparecer. Fizemos um bom jogo em Guimarães, apesar do resultado. Fomos competentes e podíamos claramente ter feito pontos. Vencemos também um amigável onde estivemos bem, e agora queremos dar seguimento e começar o ano a vencer. O fator casa acaba no campo e começa na bancada, e é importante para nós que o público nos ajude, mesmo quando a equipa estiver menos bem. Precisamos porque é o fator casa, começa na bancada, com as pessoas a apoiarem-nos. Depois no final do jogo, se ganharmos, as pessoas vão estar contentes; se empatarmos vão estar menos contentes; e se perdermos  vão estar chateadas, zangadas e tristes. Portanto, nós prometemos dar o máximo, isso sim. Jogar para ganhar, é a nossa obrigação.»

- Em caso de vitória, o Rio Ave iguala o Portimonense na tabela. Esse fator confere maior importância ao duelo deste domingo?

- «Como disse, este jogo vale três pontos. O jogo em Guimarães valia três pontos... o próximo jogo vale três pontos... o outro também. A importância que os jogos têm para nós é a de mostrarmos que os jogamos da maneira como trabalhamos, como somos e temos uma identidade de trabalho, resiliência e qualidade no processo. Temos capacidade de construir jogo, de meter muitos jogadores na frente, de reagir à perda. Somos um grupo unido, forte e com boas relações. Acredito que quanto mais formos iguais a nós próprios, e todos muito comprometidos, os três pontos aparecem. O próximo jogo é sempre o mais importante. Queremos ganhar ao Portimonense, porque é o próximo jogo e vale tanto como os outros. É importante para nós somarmos pontos.»

- Que dificuldades espera encontrar frente ao Portimonense?

- «O Portimonense tem um treinador, o Paulo Sérgio, muito experiente. Um dos treinadores com mais jogos na Liga, que já treinou equipas grandes. É um treinador muito astuto, na perspetiva de montar as suas equipas em função daquilo que é o jogo. É um treinador desafiante nesse aspeto. Com o Sporting, jogaram muitas vezes com uma linha de seis, porque o Sporting também os obrigou, três médios e um avançado. É uma equipa que jogou muito em bloco baixo, com o Casa Pia jogaram em 5x4x1 com uma pressão muito alta... com o Moreirense jogaram num 4x2x3x1 a condicionar o adversário a jogar fora... São vários jogos em que se comportaram, em termos de estrutura tática, diferente, tanto a atacar como a defender. Contra nós, já jogaram de diferentes formas, já mudaram de 4x2x3x1 para uma linha de cinco, portanto estamos à espera de tudo, tivemos tempo para o fazer. É uma equipa com muita qualidade individual, com centrais muito grandes, uma equipa física, com o Pedrão, o Relvas e o Alemão. O Dener e o Carlinhos no meio-campo são jogadores com qualidade técnica. Na frente de ataque, tem jogadores muito rápidos, desde o Hélio Varela ao Gonçalo Costa, ao Jasper. Tem muita gente de qualidade, é uma equipa também forte na bola parada. Mas temos a nossa identidade, somos uma equipa muito, muito difícil para os adversários. Causamos muitos problemas aos adversários, tirando o Moreirense e o Sporting. Dos outros todos, ninguém pode dizer que foi fácil contra nós. Somos uma equipa que pressiona, que vai para cima do adversário, organizada, reativa e com boas individualidades também. Conseguimos ferir o adversário, isso é o que garantimos e controlamos.» 

- Na semana de regresso de Aziz, como é que sentiu o jogador, tanto psicologicamente como fisicamente? Está apto para esta partida?

- «Não vou revelar se vai ser opção ou não, vamos ver. Conhecemos o Aziz muito bem. É um jogador que foi campeão connosco, que fez uma grande primeira volta no ano passado connosco. É um miúdo extraordinário, alegre, contente e de fácil relação. Gosta do Rio Ave, sabe que o Rio Ave o ajudou bastante também na sua carreira. Nesse aspeto, estamos muito confortáveis com o jogador que temos. A nível físico, a verdade é que ele já não joga nem treina há muito tempo. No entanto, trabalhou esta semana connosco. Amanhã vamos ver o que vai acontecer.»