Luís Freire esconde jogo e assegura que não haverá especial atenção a Rafa

Técnico rioavista elogia o bom momento do avançado, mas reforça a identidade coletiva do Benfica; vinca que os encarnados irão ter de se preocupar com o Rio Ave, lembrando os jogos frente aos outros candidatos ao título; faz uma balanço dos 100 jogos; Aziz disponível, Tanlongo e Hélder Sá é segredo

O Rio Ave visita, este domingo, às 18 horas, o Estádio da Luz para defrontar o Benfica. No lançamento da partida, Luís Freire garante que não haverá uma especial atenção a Rafa, que vem de três jogos consecutivos a marcar pelas águias.

«O Benfica vale pelo seu todo, pela sua identidade que construiu desde o ano passado. É uma equipa, que tem já as suas rotinas muito afinadas, muito forte com bola, com mobilidade ofensiva, através do Rafa, Di María, do João Mário, do avançado, que tanto pode ser o Arthur, o Musa ou o Tengstedt. São jogadores com muita dinâmica na frente. Realmente, o Rafa distingue-se pela velocidade que possui, pelas roturas que consegue fazer. Estudámos a equipa do Benfica e sabemos onde ele é mais alimentado mais vezes. Temos isso bem delineado, mas existe a dinâmica do jogo, que é sempre fluída e temos que estar sempre atentos, não apenas a esse jogador, em particular», disse.

«No entanto, também temos de fazer o nosso jogo. Não vamos olhar só para eles, eles vão ter de olhar também para nós. Nós somos uma equipa que gosta de jogar, de provar valor, de colocar os nossos jogadores em evidência. Contra outras equipas do mesmo nível, nós tivemos os nossos bons momentos. Perdemos contra o FC Porto e SC Braga [ambos por 1-2] no último minuto e contra o Sporting foi mais difícil [0-2]. Sabemos que ir à Luz é complicado. Vão estar 60 mil adeptos a apoiar, eles estão moralizados, até pela vitória a meio da semana [3-2 frente ao SC Braga para os oitavos de final da Taça de Portugal]. Reconheço todas essas dificuldades, mas temos um plano e temos muito para nos valorizarmos, porque também temos qualidade», projetou o técnico rioavista.

Sobre o facto da formação vila-condense nunca ter ganho no Estádio da Luz, este assume o desafio. «É desafiante para nós. Há um dia em que se ganha. Estamos preparados para o jogo. Somos uma equipa a crescer no campeonato. Nos últimos sete jogos, conquistámos 10 pontos e somámos uma derrota apenas. Os resultados têm sido também acompanhados pelas exibições. Nestes jogos de dimensão superior, temos sido competitivos. A responsabilidade está do lado do Benfica, nós temos uma ambição muito grande em conquistar pontos», garantiu.

Luís Freire fez ainda um balanço dos 100 jogos no comando da formação de Vila do Conde. «Conta muita história. Cem jogos não é todos os dias que se faz num clube. É sinal que gostamos de estar no clube, de ser bem tratado. É um sentimento de honra, de orgulho, de gratidão pela confiança não só da anterior direção, mas também desta, que me deu todo o apoio. Agradeço aos jogadores e a equipa técnica, porque 100 jogos não se faz sozinho. Neste período, fomos campeões da Liga 2, depois alcançamos a permanência na Liga, na época passada, com muitos jogos de avanço e com valorização de jovens. O trabalho tem vindo a ser reconhecido e é por isso que vamos continuando à frente do Rio Ave. Este ano, temos um desafio enorme, mas temos que ir bravos na luta, guerreiros até ao fim. Com a ajuda de todos, podemos, temos e vamos atingir novamente o objetivo da permanência, com muito suor, sacrifício, mas estamos emprenhados nisso. Somos uma família à procura de ser feliz», referiu.

Para a partida com os encarnados, Luís Freire revela que o avançado Aziz »está disponível» para o jogo, escondendo a disponibilidade do médio Tanlongo e do defesa-esquedo, Hélder Sá: «Amanhã vão ver.»

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