Lucho, Lisandro ou Otamendi: Varela na defesa do legado argentino

FC Porto Lucho, Lisandro ou Otamendi: Varela na defesa do legado argentino

NACIONAL06.08.202322:39

Depois de algumas semanas de avanços e recuos constantes nas negociações entre o FC Porto e os argentinos do Boca Juniors, Alan Varela vai finalmente tornar-se dragão esta semana, ele que viaja na quinta-feira rumo a Portugal, onde tem à sua espera um contrato até junho de 2028, assim que passe na bateria de exames médicos a que terá de ser submetido.


O médio de 22 anos tem pela frente a difícil missão de fazer esquecer o colombiano Matheus Uribe, pêndulo no meio-campo da equipa portista das últimas temporadas, mas também de defender o legado dos compatriotas que vestiram anteriormente de azul e branco. E foram muitos aqueles de nacionalidade argentina que deixaram marca na história do clube da Invicta, sendo que Lucho González é, com toda a certeza, aquele que surge mais depressa na memória dos adeptos do FC Porto.


Além do fantástico jogador em campo, El Comandante tinha uma postura de autêntico líder entre as quatro linhas e foi sempre uma voz ativa no balneário, tendo mesmo chegada a envergar a braçadeira de capitão, isto na segunda passagem pelo FC Porto. Mas, além de Lucho González, há outros argentinos que escreveram páginas de ouro na história do emblema portista. Lisandro López, Mariano González, Ernesto Farías, Fernando Belluschi e Otamendi, que agora defende as cores do Benfica, maior rival dos dragões, com estatuto de capitão.


Alan Varela tem pela frente a sua primeira aventura na rota europeia, ele que está habituado a jogar na Taça dos Libertadores, mas sempre ambicionou dar o salto para o Velho Continente e, acima de tudo, disputar a prova mais importante a nível de clubes do Mundo, a Champions League. É neste contexto que procurará honrar o legado argentino deixado por compatriotas que conseguiram gravar a letras garrafais os seus nomes em várias provas nacionais e também internacionais ao serviço do clube da cidade Invicta.


MEMÓRIAS DE MARCHESÍN
Entre um vasto rol de argentinos que envergou o símbolo azul e branco ao peito, o caso mais recente foi o de Marchesín. Oriundo do América do México, o guarda-redes, que chegou já com alguma idade à Europa, foi contratado pela SAD liderada por Pinto da Costa para substituir Iker Casillas, que teve de abandonar o futebol depois de ter sofrido um ataque do miocárdio numa sessão de trabalhos no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia.


O keeper pegou de estaca na equipa de Sérgio Conceição, com muita personalidade entre os postes, e foi sempre primeira opção para o treinador. O argentino despediu-se em campo com um triunfo em Aveiro, na Supertaça Cândido de Oliveira, há precisamente um ano. Depois, optou por sair para o Celta de Vigo, na esperança de ser chamado à seleção que alguns meses mais tarde haveria de se sagrar campeã do Mundo no Catar.


Alan Varela, certamente através da internet, já se terá inteirado da história que muitos compatriotas fizeram no Dragão e está disposto a imitar esses feitos, ele que assinará um contrato de cinco temporadas com os portistas.