Liga Europa: Roma e Leverkusen em vantagem

Romanos venceram em casa do Milan por 1-0, alemães dominaram e venceram West Ham por 2-0

A Roma foi a Milão vencer o Milan por 1-0, na primeira mão dos quartos de final da Liga Europa.

San Siro lotado fazia antecipar, entre emblemas italianos, um grande duelo nos quartos de final da Liga Europa. É o terceiro adversário italiano do Milan nas competições europeias em dois anos - defrontou Nápoles e Inter na passada edição da Liga dos Campeões - e ainda que se tratasse da segunda competição da UEFA, a eliminatória frente à Roma fazia adivinhar um ambiente absolutamente escaldante.

Talvez tenha sido essa temperatura que se fazia sentir no recinto que levou a que, aos 17 minutos, houvesse tal choque térmico. Foi Gianluca Mancini que, em resposta a irrepreensível canto de Dybala, gelou quase 80 mil adeptos rossoneri.

O minuto 17 representou, portanto, uma mudança naquilo que era a disputa dentro de campo. Foi o Milan que assumiu a iniciativa de jogo e, em resposta, a Roma baixou o bloco. Rafael Leão, sem espaço para explorar na defesa, esteve apagado e, com mais espaço, Dybala conseguiu criar jogo. Foi mesmo a Roma que mais perigo criou, mas a vantagem mínima manter-se-ia até ao intervalo.

No segundo tempo, era os homens da casa que necessitavam de ter iniciativa para, pelo menos, levarem para a cidade eterna um resultado não negativo. Era, no entanto, visível a incapacidade criativa dos anfitriões, que pouco ou nada conseguiam criar. Até aos 20 minutos finais, foi mesmo a turma visitante que mais criou e que tinha, notavelmente, mais tranquilidade com a bola.

O minuto 70 foi um momento de viragem pois, a partir daí, fica a sensação que terminaram as baterias da Roma. Só a partir daí houve um verdadeiro domínio milanês mas, por duas vezes, Svilar esteve atento para aguentar a vantagem.

Vale a pena destacar, para lá do demérito ofensivo do Milan, a capacidade sem bola demonstrada pela Roma. Apesar do ímpeto final dos rossoneri - que ainda viram Giroud acertar na trave - a equipa visitante soube ter a bola com bastante qualidade e, sem ela, manteve-se sempre compacta. Também há a realçar que Loftus-Cheek no meio-campo ofensivo fez uma enorme diferença para Paulo Dybala que, durante toda a partida, foi o principal responsável pela vantagem criativa que os giallorossi tiveram no jogo. Apesar de mínima, a Roma leva vantagem.

Foi preciso esperar até ao minuto 83 para haver golos no Leverkusen-West Ham. Foi nessa altura que a equipa de Xabi Alonso chegou à vantagem, por intermédio de Hofmann.

Em jogo absolutamente unilateral - o Leverkusen teve 73% de posse de bola e 33 remates, contra a tentativa singular dos hammers - foi Boniface que, já na compensação, fez o segundo dos farmacêuticos.