Sporting Liga Europa não retrai reforço do plantel: três posições prioritárias
O Sporting está de regresso à Liga Europa depois de dois anos a jogar na Liga dos Campeões, mas o facto de não contar à partida com os milhões da prova milionária não influenciará nem os planos, nem a capacidade de investimento no reforço do plantel para a próxima temporada.
Sendo abismal a diferença de valores entre as duas competições maiores da Europa, o trabalho de equilíbrio e sustentabilidade financeira realizado pela administração de Frederico Varandas nestes últimos anos permitirá à SAD ter disponibilidade financeira para continuar a investir no projeto desportivo e, assim, continuar a apostar numa equipa competitiva, quer no plano nacional, quer internacional.
Se o trabalho desenvolvido por Frederico Varandas e seus pares foi importante no equilíbrio financeiro do clube, também a venda de jogadores continua a ter uma importância extrema na capacidade da SAD em investir na competitividade do seu futebol.
A nova época ainda não começou e os cofres leoninos já têm garantidos a entrada de 40 milhões da venda de Pedro Porro para o Tottenham no mercado de janeiro. A juntar a essa verba, o Sporting prepara-se para encaixar mais 60 milhões (na realidade serão €42 M porque o Famalicão tem direito a 30 por cento de uma futura venda) com a transferência definitiva de Ugarte, havendo ainda a forte possibilidade de Gonçalo Inácio também poder sair neste mercado de verão a troco de 45 milhões de euros, o valor da cláusula de rescisão do internacional português. Isto sem contar com outras vendas de menor impacto financeiro, como, por exemplo, a de Tiago Tomás.
Aliás, depois de Ugarte e com os responsáveis leoninos a pretenderem manter a estrutura do plantel, mais saídas apenas pelas cláusulas de rescisão...
Contas feitas, o Sporting pode perfeitamente encaixar neste mercado de verão mais de 100 milhões de euros, sendo que parte dessa receita extraordinária será canalizada para o reforço do plantel a pensar na próxima temporada. Aliás, tal como sucedeu no verão passado, quando aos 37 milhões de Nuno Mendes (PSG) se juntou os 20 de João Palhinha (Fulham) e os 45 milhões de Matheus Nunes (Wolverhampton), sem contar com Tabata (€5 M), Sporar, Gonzalo Plata ou Vivaldo Semedo, trio que rendeu 9 milhões de euros.
E olhando para os investimentos da SAD nos mercados de verão (ver quadro), com Frederico Varandas, foi precisamente em 2022/2023 que houve o maior investimento de todos.
Para já, e conforme o nosso jornal avançou em primeira mão, são três as posições identificadas por Rúben Amorim e restante estrutura a necessitar de sangue novo. A de defesa-direito, a de médio e a de avançado - consumada a saída de Ugarte, outro médio deverá estar na agenda dos leões.
E se Tariq Lamptey é um dos alvos e poderá implicar forte investimento, será no avançado que os responsáveis leoninos apostarão forte para próxima temporada, estando só para essa contratação reservada uma verba a rondar os 15 milhões de euros. O leão vai investir forte porque quer voltar a rugir alto em 2023/2024.