Sporting Leão faz mira a reforços de peso!

Reforços cirúrgicos, com margem de evolução e qualidade suficiente para uma entrada direta no onze. Sem planos a longo ou médio prazo. Para um rendimento imediato. O desenho idealizado para o Sporting, versão 2023/2024, há muito que começou a ser delineado pelo próprio Rúben Amorim claramente apostado em não cometer os lapsos do passado recente, sobretudo dos muitos erros de casting cometidos na construção do plantel da época que agora findou.

O mea culpa do treinador, que durante a temporada foi admitindo erros no «planeamento», sabe A BOLA, está em muito relacionada com a política de reforços contratados. Até porque, num breve olhar ao reinado de Amorim em Alvalade, a última temporada teve, sem margem para dúvida, a taxa de menor acerto dos reforços que se conseguiram impor no leão.

E os seis nomes que se encontram na lista de jogadores com iminente fim de linha com a camisola dos leões provam, de forma clara, as muitas apostas que saíram ao lado. De reforços, carregados de esperança para o futuro, para uma outra lista, a de negociáveis, na época seguinte: Arthur Gomes, Bellerín, Rochinha, Sotiris, Fatawu e Jovane Cabral.

Jogadores que foram utilizados a espaços, com muitos poucos jogos na condição de titulares, mas que, contas feitas, no planeamento da última temporada, custaram mais de €11 milhões de euros aos cofres dos leão. Um valor elevado tendo em conta o (pouco) rendimento que apresentaram. Apenas Arthur Gomes teve uma utilização mais regular - o único com mais de 1000 minutos somados - mas que acabou por nunca se fixar como uma das peças indiscutíveis no sistema de Amorim.
De resto, todos os outros se ficaram pelas expectativas. Desde Rochinha, Sotiris (que foi o trunfo escolhido para ocupar a vaga deixada por Matheus Nunes), Bellerín (que chegou em janeiro mas acabaria por perder posição para Ricardo Esgaio), até Fatawu (que foi somando escassas aparições), terminando em mais uma vida de Jovane (que regressou, renovou contrato, mas voltou a ser travado por problemas físicos). Um lote muito numeroso que em muito explica os altos e os (muitos) baixos de uma temporada na qual foi notória a falta de equilíbrio do plantel às ordens de Rúben Amorim. Agora, todos eles se encontram fora das contas do técnico.
Trincão, Morita e pouco mais...

A taxa de acerto só não foi mais reduzida porque, ainda assim, houve quem conseguisse uma afirmação. Onde se incluem, sobretudo, dois nomes: Trincão e Morita. O avançado e o médio, apostas recrutadas ao Barcelona e Santa Clara, respetivamente, foram dos poucos que conquistaram estatuto de titulares em 2022/2023. É certo que também poderemos incluir St. Juste (sempre afetado por lesões mas com exibições de grande nível quando esteve nas melhores condições físicas) ou Diomande, jovem central, de apenas 19 anos, contratado em janeiro e que promete muito. Também Franco Israel, guardião uruguaio que chegou da Juventus, tapado por Adán, deu boa resposta a acabou por sair com nota positiva e Mateo Tanlongo é aposta de futuro.

Porém, balanço feito, foi pouco para o que Rúben Amorim pretendia. Algo que o técnico pretende mudar. E para tal... vai encurtar a margem de erro.

Reforços mais experientes
E para encurtar essa margem de erro, Rúben Amorim já sabe o que fazer: a SAD terá de investir mais e apostar em reforços em que os níveis de desconfiança pelo seu período de adaptação ou experimental sejam... mínimos. Sobretudo nas três posições que, tal como A BOLA avançou, são vistas como fundamentais para o futuro. Falamos, claro está, de um médio defensivo (capaz de fazer esquecer Ugarte...), um ala direito (não para dar concorrência a Ricardo Esgaio, mas para ser uma peça inequívoca no onze) e um avançado (que não só possa fazer sombra a Paulinho como também lhe... roubar o lugar). Três peças prioritárias no planeamento de Amorim e que, por estes dias, concentram todos os esforços de mercado da SAD leonina com vários alvos na mira.

O perfil, esse, foge um pouco daquele que foi definido na última temporada, na qual chegaram a Alvalade muitos jogadores jovens. Rúben Amorim pretende jogadores com maior experiência, com outra bagagem, que tenham uma afirmação mais rápida. Um pouco à imagem de.... Viktor Gyokeres, principal alvo para o ataque, pois estamos a falar de um jogador que é internacional sueco, tem 25 anos, e tem um passado recente sustentado numa liga competitiva e exigente como é o caso do Champioship de Inglaterra. Além disso, caso consiga uma explosão em Alvalade, trata-se de um jogador que ainda vai a tempo de oferecer retorno financeiro.
A tarefa, essa, não será fácil e exigirá não só uma enorme capacidade negocial como também de... paciência. Missão complicada até porque, como Amorim já revelou, deseja ter o plantel (quase) completo no arranque. Provavelmente um sonho impossível mas que a SAD está empenhada em oferecer ao técnico.