Koundé critica UEFA por excesso de jogos, Rafael Leão concorda
Defesa francês deixa recados à organização que rege o futebol europeu sobre o número «cada vez mais perigoso» de partidas oficiais
Jules Koundé, jogador do Barcelona, mostra-se desagradado com a UEFA em relação a vários temas, nomeadamente no que diz respeito à proteção dos jogadores.
Em declarações ao programa Clique TV, do Canal+, o defesa-central de 25 anos afirma que há, atualmente, «demasiados jogos», cujo «ritmo se tem tornado cada vez mais intenso».
Koundé continua, frisando que se deve repensar o calendário futebolístico de modo a evitar lesões graves: «Estamos a entrar num ritmo que se está a tornar cada vez mais perigoso. Há cada vez mais lesões graves. O que me incomoda é que quando fazemos esta observação, as pessoas dizem que dantes já jogávamos tanto. Mesmo que isso fosse verdade, não quer dizer que antes fosse bom!».
Rafael Leão, avançado português do Milan, reagiu ao tweet do jornalista Fabrizio Romano sobre o tema com quatro pontos de exclamação, indicando que concorda com a visão do jogador gaulês.
Na entrevista ao canal francês, o defesa dos catalães abordou também o racismo no futebol e como a UEFA «devia fazer mais» em relação ao assunto.
O internacional francês testemunha que foi vítima de vários casos de racismo ao longo da carreira e que não houve mão pesada do organismo que rege o futebol na Europa: «Dentro de campo, já recebi gritos de macaco. Somos pessoas antes de sermos futebolistas, com convicções e valores, por isso, inevitavelmente, o racismo afeta-nos. Seria bom ir além das campanhas de sensibilização contra o racismo. As penalidades devem ser muito mais pesadas.»