Josué e as diferenças de valor de mercado do Legia para o Aston Villa
Português é capitão dos polacos e tem teste de fogo na estreia na Liga Conferência
Pela primeira vez na fase de grupos da Liga Conferência, o Legia, da Polónia, estreia-se nesta quinta-feira em casa frente ao Aston Villa (17.45 horas de Lisboa). Sem medo, garante o português Josué, capitão de equipa, embora com a consciência das diferenças entre as equipas.
«Conheço toda a equipa, vemos a Premier League todas as semanas, mas não quero destacar ninguém em específico. São muito fortes, basta ver pela história, pelos valores de mercado. Por exemplo, o do Diaby, no Transfermarkt, é de 50 milhões [de euros]. O meu é de 800 mil. Sabemos que não somos favoritos, mas o espírito lutador, para voltar a fazer história neste clube, não vai ficar no balneário, vai connosco para o campo», garantiu o antigo médio do FC Porto.
Há dois anos, o Legia esteve na fase de grupos da Liga Europa. Perdeu os dois jogos com o Nápoles, mas venceu em casa o Leicester e em Moscovo o Spartak. O desafio, esta quinta-feira, será parecido. «Nós, Legia, gostamos de jogar contra grandes equipas, quando não somos favoritos. Para chegar aqui fomos favoritos no Cazaquistão [contra o Ordabasy] e estivemos a perder 0-2. Depois [com Áustria Viena e Midtjylland] não éramos e fizemos bons jogos. Numa competição como esta não é preciso que o treinador nos motive e sabemos o ambiente que os nossos adeptos criam. Queremos desfrutar e dar tudo. No futebol tudo é possível, a nossa mentalidade é nunca baixar os braços e lutar até ao fim.»
Aos 33 anos, Josué é presença constante no onze, mas não deixou de ser questionado sobre se estaria preparado para 90 minutos. «À volta do nosso clube fala-se muito em preparação física, mas o mais importante é a mental. Podes ser uma grande máquina física mas se aqui [apontando para a cabeça] não estiveres preparado não consegues fazer nada. Mas se for para o banco, o que posso fazer? O treinador é que sabe. Se ele me pedir para jogar 20 jogos, ele sabe que eu faço 20 jogos. Se me pedir para ficar 20 jogos na bancada, sabe que vai ter problemas [a seu lado na conferência de imprensa, o técnico Kosta Runjaic deixou escapar uma gargalhada], mas fico. As decisões são dele, ele sabe o que é melhor para a equipa. Ele é que manda e temos de aceitar as decisões, mesmo que por vezes queiras jogar mais 2, 3, ou 5 minutos.»