Sócios Henrique Ramos e Tiago Silva questionaram o empresário, que já respondeu
Possível integrante da administração se Pinto da Costa for eleito para um 16.º mandato, o empresário João Rafael Koehler respondeu, esta quinta-feira, às dúvidas levantadas por dois sócios do FC Porto sobre um contrato de 'factoring', de 14,5 milhões de euros, constituído em abril de 2023, para financiamento à SAD do clube.
Empresa da qual o conhecido apioante da lista candidata de Pinto da Costa e possível integrante da futura Administração é um dos gerentes constituiu uma linha de financiamento que mereceu críticas dos sócios Henrique Ramos e Tiago Silva
Na resposta que endereçou a A BOLA, o empresário explicou esse 'factoring', recordando que André Villas-Boas, candidato a concorrer contra Pinto da Costa e Nuno Lobo no próximo ato eleitoral, também aderiu a um produto financeiro dessa natureza.
A resposta de João Rafael Koehler
«Tenho muito orgulho em poder dizer que apoiei o meu Clube quando ele precisou de mim. Foi em momentos difíceis, e numa altura em que muitos outros recuaram, que um conjunto de empresários, onde me incluo, decidiu apoiar o Futebol Clube do Porto através de um financiamento.
Fi-lo, por exemplo, na subscrição de papel comercial. Fui eu que sugeri o nome de André Villas Boas para subscrever um desses financiamentos, onde o então treinador investiu 500 mil euros, exatamente nas mesmas condições de juros de todos os outros investidores. E posso dizer mais. Foi o que menos investiu e foi o primeiro a ‘abandonar’ o financiamento, recebendo o capital investido, acrescido dos juros. Antes de qualquer outro investidor.
Fi-lo também através de um contrato de factoring que hoje tem sido mencionado. Como devem saber, os bancos nacionais não estão a financiar os clubes. O FC Porto, ao contrário de outros, nunca teve perdões de dívida. Assim, a FC Porto SAD, tem sido obrigada a recorrer a outros instrumentos de financiamento. Na época desse financiamento (o contrato foi celebrado em abril de 2023 através da Connect Capital), a FC Porto SAD pretendia fazer um acordo com uma maturidade alargada (7 anos). Os parceiros internacionais apenas aceitavam quatro anos, e a pedido da direção da SAD assumimos o risco e aceitamos fazer este financiamento para responder às necessidades do Futebol Clube do Porto. Tratou-se de uma operação transparente e em condições de mercado. Fi-lo na altura e voltarei a fazê-lo sempre que o meu Clube precisar de mim. E acredito que, por amor ao Clube, muitos dos outros investidores me acompanharão.
No entanto, posso desde já garantir, que, se algum dia exercer algum cargo no Clube ou na SAD, nenhuma das empresas onde estou presente/ participo fará acordos com o Clube e/ou com a SAD.
Estranhos tempos estes em que aqueles que apoiam o clube são criticados em público. Em vez de tudo criticarem, convido todos os elementos de outras candidaturas a mostrarem o seu apoio real ao FC Porto.»