FC Porto Historial das quezílias de Conceição com treinadores adversários: e vão 6!

NACIONAL06.05.202310:45

Na noite em que igualou os 322 jogos de Pedroto no comando do FC Porto, Sérgio Conceição foi expulso por Manuel Mota. Depois do golo de Otávio (o 2-2, na altura), despejou a sua fúria junto do banco do Famalicão e de João Pedro Sousa, chamando artista a Manuel Mota depois de ver o vermelho. O treinador portista explicou estar farto de «anjinhos e diabos com cara de anjos» e de ter agido em defesa de Pepe, que acusou Colombatto de o ter chamado macaco.

Não é a primeira vez que Conceição tem desaguisados com os homólogos. A 22 de abril passado, depois de vitória dos dragões por 0-2 em Paços de Ferreira, assistiu-se a uma troca de galhardetes com César Peixoto, que não gostou de ouvir Conceição afirmar, na flash-interview, que se o Paços «jogasse sempre assim dificilmente desceria de divisão.» «O Sérgio que se preocupe com a sua equipa», reagiu o técnico pacense», que mais tarde, mais a frio na sala de imprensa e depois de ouvir Conceição garantir que a frase não teve segundas intenções, recuou: «Entendi que as declarações feitas foram uma crítica. Se ele disse aqui que não, então peço desculpa. Não sou hipócrita e nunca fui e acho que tem de haver ética e respeito por todos e por quem trabalha.»


O desentendimento mais mediático aconteceu com Jorge Jesus, no final de FC Porto-Benfica (1-1), no Dragão, a 15 de janeiro de 2021. Quando Luís Godinho apitou para o final do jogo, os dois técnicos tiveram intensa troca de palavras, ao ponto de ter sido necessário Rui Cerqueira, diretor de comunicação do FC Porto, agarrar o treinador dos Dragões e afastá-lo da confusão. Um episódio surpreendente, dado que Conceição e Jesus tinham uma amizade aparentemente à prova de bala, desde os tempos que se cruzaram no Felgueiras, Jesus como treinador e Conceição como seu pupilo.


Apesar de ambos terem relativizado os acontecimentos em declarações após o jogo, o técnico do Fenerbahçe relatou ao canal 11, em julho do ano passado, que ficou uma ferida aberta: «Sempre tive uma boa relação com ele e nunca mais falei com ele. A minha relação com o Sérgio não era desportiva, era forte, de grandes amigos. Custou-me naquele dia e até hoje nunca mais falei com ele.»

TERRAMOTO NO ALGARVE
 

Outro episódio intenso aconteceu no Algarve, num Portimonense-FC Porto (1-2), a 20 de março de 2021. Paulo Sérgio e Conceição tiveram azeda discussão e foram ambos expulsos. O técnico portista foi suspenso 10 dias e o do Portimonense três. Para a posteridade ficaram as palavras lavradas em relatório. «És um palhaço», atirou Conceição», «Oh anão do c…, comigo baixas a bolinha, ouviste», devolveu Paulo Sérgio.

Fizeram as pazes pouco depois, com Conceição a admitir que «dois homens passaram a linha do aceitável no futebol» e a lamentar as consequências do episódio. «Pior do que isso foi, talvez de uma forma premeditada, os insultos dirigidos a mim e à minha família. Chamaram-me arruaceiro, javardo, gentalha, ordinário, delinquente», acusou.  

Pazes seladas também com João Henriques, já quando o técnico estava no Santa Clara. Na época anterior, num P. Ferreira-FC Porto que acabou com a vitória dos castores, por 1-0, a 11 de março de 2018, o técnico dos dragões deixou o seu homólogo de mão estendida, acusando-o de antijogo. «Estiveram atentos ao que foi o antijogo do Paços de Ferreira? Vou cumprimentar o quê? Não foi correto da parte dele, porque ouvi o que ele estava a transmitir para os jogadores para dentro de campo», disparou, na sala de conferência. João Henriques não aceitou o rótulo: «Foi de todo injusto o rótulo que me foi colocado, porque sempre joguei para subidas de divisão, para ser campeão.»

Porventura menos presente na memória coletiva, um bate-boca com Carvalhal, num jogo da meia-final da Taça de Portugal entre SC Braga e FC Porto (1-1), a 10 de fevereiro de 2021, no Estádio Municipal de Braga. Num desafio em que Luis Díaz e Uribe foram expulsos, assim que terminou o jogo Conceição saiu disparado em direção ao banco arsenalista, gerando confusão. «Onze contra onze levas cinco ou seis», atirou, perante um Carlos Carvalhal que conseguiu manter alguma serenidade. Na 2.ª mão, por ironia, foi com 10 a partir dos 34 minutos (expulsão de Borja) que o SC Braga ganhou por 2-3 no Dragão, eliminando os azuis e brancos da prova.