Nova Zelândia «Há preocupação com a saúde mental»
Luís Paiva, 34 anos, está literalmente do outro lado do mundo. Há cinco anos acedeu a um convite e foi para a Nova Zelândia para viver exclusivamente da sua paixão pelo futebol. Mora em Invercargill, na província de Southland, a mais meridional do país.
Foi treinador-jogador, deu formações a treinadores, deu suporte técnico e logístico a clubes da região, até que há dois anos, integrado no programa Talent Pathway, passou a manager dum clube daquela região que reúne os maiores talentos da zona. A Nova Zelândia é, até ao momento, um caso de sucesso no combate à pandemia de Covid-19, o que também se pode explicar pela fraca densidade populacional - 15,7 pessoas por km2 vs. 112 por km2 em Portugal, por exemplo -, quando se sabe que o isolamento social é crucial para parar a propagação do novo coronavírus.
A Nova Zelândia tem 1106 casos e apenas uma morte registada e Luís Paiva explica quais as medidas implementadas pelo governo liderado pela primeira ministra Jacinta Ardem. «Estamos em lockdown. Começou a 26 de abril e vai durar, no mínimo, quatro semanas. Só os serviços essenciais estão a funcionar. Têm surgido novos casos todos os dias mas mesmo antes do lockdown já tinham sido tomadas algumas medidas bastante fortes: fecharam todas as fronteiras no fim de semana anterior e no princípio de abril definiram logo que quem estivesse a regressar de férias teria de ficar num período de isolamento de 14 dias», conta.
Os alarmes no plano social ainda não soaram do outro lado do mundo. «O país está preparado em termos financeiros», adianta Luís, que coloca o enfoque noutro aspeto: «Há uma preocupação grande com a saúde mental. Diariamente há muita informação sobre como se lidar com esta crise. São gigantescos o conteúdos sobre saúde mental.»
Leia a entrevista completa na edição impressa de A BOLA desta terça-feira.