Nova Zelândia Federação justifica abandono de jogo com Catar devido a ofensa racista: «Nenhuma ação oficial foi tomada...»
Os jogadores da Nova Zelândia recusaram regressar para a segunda parte no particular desta segunda-feira frente ao Catar, de Carlos Queiroz, disputado na Áustria, alegando que o defesa Michael Boxall, de 34 anos, foi vítima de ofensas racistas.
A atitude foi mais tarde justificada pela federação neo-zelandesa:
«Aos 40 minutos do jogo com o Catar, na Áustria, um jogador do Catar usou uma calúnia racial contra o defesa Michael Boxall, após um confronto entre os dois jogadores. A ofensa foi ouvida por vários jogadores da Nova Zelândia, incluindo Boxall. Os jogadores relataram o incidente, mas nenhuma ação oficial foi tomada.
Ao intervalo, visto que nenhuma ação oficial fora tomada, a equipa concordou coletivamente que não continuaria o jogo», refere um comunicado, que acrescenta palavras do presidente da Federação Andrew Pragnell: 'Apoiamos completamente a ação de nossos jogadores, que concordaram coletivamente com aquela ação. Nunca queremos ver um jogo interrompido, mas alguns problemas são maiores do que o futebol e é importante marcar uma posição'.»
Já do lado do Catar, de forma oficial, disse-se apenas que o jogo tinha sido interrompido e Carlos Queiroz comentou com mais pormenor:
«O capitão da Nova Zelândia [Joe Bell] informou-me que a equipa decidiu abandonar a partida. Aparentemente, houve dois jogadores no campo que trocaram palavras. Perguntei ao treinador e aos árbitros e ninguém ouviu nada, foi só uma discussão entre dois jogadores. Sem testemunhas, não sei como a FIFA vai lidar com esta situação, tratando-se de um jogo amigável que a Nova Zelândia abandonou.»