Gundogan: «Espero que os árbitros saibam ter empatia»
Ilkay Gundogan na conferência de imprensa de antevisão do Alemanha-Escócia, em Munique (Foto: Ivo Martins)

Gundogan: «Espero que os árbitros saibam ter empatia»

INTERNACIONAL13.06.202419:48

A nova recomendação que será posta em prática no Campeonato da Europa vista por um dos mais experientes jogadores da seleção da Alemanha

Uma das novas recomendações para o Euro 2024 é a margem muito curta para queixas junto dos árbitros por parte dos jogadores. Como um dos mais experientes da seleção alemã, Ilkay Gundogan vê com muitas reservas esta mudança e pede acima de tudo uma capacidade específica dos juízes. «Um árbitro de classe mundial é aquele que mostra empatia. Não acho que os jogadores devam ser desrespeitosos para com os árbitros, mas é preciso recordar que eles são seres humanos e que as queixas, dentro dos limites, fazem parte do jogo. O futebol é emoção», disse o médio do Barcelona, na conferência de imprensa de antevisão do jogo de abertura do Campeonato da Europa desta sexta-feira, entre a Alemanha e a Escócia.

Do ponto de vista pessoa, o colega de João Félix espera fazer o melhor torneio pela equipa germânica, admitindo que as críticas sobre desempenhos no passado o afetam. «Mentiria se dissesse que isso não me toca. Claro que refleti muito sobre os motivos de nem sempre as coisas me saírem bem, mas pelo menos fiquem sempre com a consciência de que fiz o melhor que pude.»

Elogiando o selecionador Julian Nagelsmann pela «confiança» que provoca nos jogadores (lembra que os golos nos minutos finais nos recentes particulares são a prova de que a equipa não fica nervosa perante o erro), o futebolista de 33 anos de ascendência turca não escondeu o sonho de vencer o Euro em casa. «Lembro-me de vibrar com o Mundial 2006 na adolescência e agora tenho a possibilidade de representar o nosso povo. Isso é fantástico», destacou, aproveitando a ocasião para exacerbar a capacidade do colega Toni Kroos: «Os passes simples que ele faz são os mais especiais e identifico-me muito com isso porque também tenho esse estilo de jogo. Mas como ele o faz é muito difícil. É um privilégio ser colega dele na seleção.»