Geração de 2000 para 'atacar' jogo com a Croácia

INTERNACIONAL21:12

Doze dos 22 convocados nasceram entre 2000 e 2007. Pela primeira vez a Seleção Nacional entra sem qualquer dos campeões da Europa de 2016. Pepe, Patrício, Danilo e Guerreiro saíram e Cristiano Ronaldo foi agora dispensado

Pela primeira vez na sua história, a Seleção Nacional tem uma lista de convocados maioritariamente nascida nos anos 2000. Ou seja, nasceram no ano (ou depois) em que Portugal ficou em terceiro lugar no Campeonato da Europa de 2000 (Bélgica/Países Baixos), atrás apenas de França e Itália e em igualdade com Espanha.

Dispensados Bruno Fernandes (Manchester United), Bernardo Silva (Manchester City), Cristiano Ronaldo (Al Nassr) e Pedro Neto (Chelsea) após o jogo com a Polónia e já sem os lesionados Rúben Dias (Manchester City), Diogo Jota (Liverpool), Rúben Neves (Al Hilal), Gonçalo Ramos (PSG) e, mais recentemente, João Palhinha (Bayern) e Pedro Gonçalves (Sporting), Roberto Martínez chamou, inicialmente, Samu Costa (Maiorca) e mais tarde, logo no pós-jogo com a Polónia, Fábio Silva (Las Palmas) e Geovany Quenda (Sporting).

O selecionador nacional tem agora 22 jogadores à sua disposição, menos quatro do que na convocatória de 8 de novembro. Com as dispensas de Cristiano Ronaldo (217 jogos nos AA), Bernardo Silva (98) e Bruno Fernandes (76), o mais internacional passa a ser João Cancelo (59). É ele também o jogador com mais golos marcados pela Seleção Nacional, com 10. Segue-se, nos dois itens, João Félix: 44 jogos, 8 golos.

Quatro jogadores poderão ter esta segunda-feira, em Split, a sua primeira internacionalização A. Falamos dos defesas Tiago Djaló (FC Porto) e Tomás Araújo (Benfica) e dos avançados Fábio Silva (Las Palmas) e Geovany Quenda (Sporting). Se este jogar, como se prevê, tornar-se-á no mais jovem de sempre a vestir a camisola das quinas, batendo o recorde que pertence, desde setembro de 1983, a Paulo Futre.

Voltemos aos nascidos nos anos 2000. São nada menos de 12 entre os atuais 22 convocados: Nuno Tavares, Vitinha, Tiago Djaló e Samu Costa em 2000, Tomás Araújo, Nuno Mendes, Fábio Silva e Francisco Conceição em 2002, Renato Veiga e António Silva em 2003, João Neves em 2004 e Geovany Quenda em 2007.

E há ainda mais cinco que nasceram em 1999: Diogo Dalot, Rafael Leão, Diogo Costa, João Félix e Francisco Trincão. Ou seja, 77 por cento têm 25 anos ou menos. Os mais velhos são agora José Sá e Nélson Semedo, ambos com 31 anos, seguidos por Rui Silva e João Cancelo com 30 e Otávio com 29.

Entre os 22 que podem entrar no jogo de hoje não há nenhum campeão da Europa. É a primeira vez que tal acontece. Pepe terminou a carreira, Rui Patrício e Danilo Pereira não foram chamados após a fase final do Euro-2024, Raphael Guerreiro não é convocado há um ano e Cristiano Ronaldo foi dispensado. Foram estes os últimos campeões da Europa de 2016 a serem convocados. Aliás, só um dos 22 foi internacional antes do Campeonato da Europa de França: Nélson Semedo a 11 de outubro de 2015, frente à Sérvia.

Roberto Martínez falou, na conferência de imprensa de ontem, em oito jogadores com muita experiência». Estaria a falar, decerto, em João Cancelo, João Félix, Nélson Semedo, Rafael Leão, Diogo Costa, Nuno Mendes, Diogo Dalot, Vitinha e Otávio, os únicos acima de 20 jogos na Seleção Nacional. Serão, afinal, nove.