Selecionador nacional assume responsabilidade e favoritismo, mas alerta: «Temos de ter respeito e encarar os jogos com seriedade»
Francisco Neto, selecionador nacional, analisou o sorteio da fase de qualificação para o Euro-2025, que irá disputar-se a par com a segunda edição da Liga das Nações, e colocou Bósnia e Herzegovina, Irlanda do Norte e Malta no caminho de Portugal.
Equipa das quinas inserida no grupo B3 com Bósnia e Herzegovina, Irlanda do Norte e Malta. Qualificação para o Campeonato da Europa de 2025 vai disputar-se a par com a segunda edição da Liga das Nações
«É neste momento aquilo que é o panorama europeu. É sempre complicado, as equipas são sempre competitivas. Somos equipa de pote 1 e temos de assumir essa responsabilidade. A Irlanda do Norte é uma equipa que esteve no último Europeu. Acredito que se estivermos ao nosso nível temos condições para nos apurarmos para o play-off e subir à Liga A, que é onde temos de estar», começou por referir, em declarações ao Canal 11, assumindo responsabilidade.
«A Bósnia ainda agora esteve na luta pela subida à Liga A com a Suécia. É uma equipa competitiva. Temos uma jogadora do SC Braga na Bósnia, a Melissa [Hasanbegovic]. É uma equipa que tem vindo a crescer. É uma viagem sempre complicada. A Irlanda do Norte esteve no último Europeu. É uma equipa competitiva, com algumas jogadoras em Inglaterra. Já jogamos contra elas e são sempre jogos agressivos. Malta está-se a afirmar na Liga B. É uma equipa com jogadoras entre Grécia, Malta, Itália... Estão a fazer um trajeto que a jogadora portuguesa fez há uns anos. Depende de quando lá vamos jogar. Perceber isso. O momento da época. Acima de tudo respeitar todos os adversários, sabendo que o nosso objetivo é ir ao Campeonato da Europa e subir à Liga A», referiu.
«Sabemos que é sempre complicado quando nos toca países com viagens não tão fáceis. O nosso favoritismo é porque somos equipa de pote 1. Estivemos nos últimos dois Europeus e no último Mundial. Queremos voltar à Liga A e lutar para estar no Europeu», prosseguiu.
Sobre o último estágio da Seleção Nacional: «Sensações ótimas, exibições boas, equipa competitiva. De nada vale aquilo que fizemos nestes dois jogos se não dermos continuidade. Foi muito para preparar abril e fim de época nos clubes com espaço de seleção em julho. Será uma data FIFA diferente. Temos é de dar continuidade ao que fizemos em fevereiro, garantir essa competitividade se tivermos essa capacidade. Acredito que vamos subir de divisão e chegar ao play-off de apuramento para o Euro.»
«A preparação começou logo neste estágio, alteração na estrutura tática, já era tudo pensado. Quando analisamos o sorteio em que estamos inseridos, percebemos o padrão de problemas que vamos ter. É esperar o calendário e acertar pormenores. Tem tudo de ser ao detalhe. Se acharmos que somos muito melhores que outros não corre bem. Tudo é possível, as equipas no início acreditam ser possível. Portugal já o fez no passado. Temos de ter respeito e encarar os jogos com seriedade», acrescentou.
«O meu telemóvel ainda não parou de vibrar. As jogadoras querem voltar a um Campeonato da Europa e do Mundo. Queremos dar essa alegria aos portugueses. As fases finais são especiais. As jogadoras sabem da responsabilidade para lá chegar. As mais experientes serão fundamentais para passar a mensagem às mais jovens», completou.