Francisco Conceição: «Foi uma honra e um fardo ter o meu pai como treinador»

INTERNACIONAL08.11.202417:04

Internacional português da Juventus garantiu que não foi experiência fácil, mas que o tornou mais forte e capaz de se afirmar como futebolista

Depois de muitos anos a ser treinado por Sérgio Conceição no FC Porto, e de uma experiência menos feliz no Ajax, Francisco Conceição está a começar bem a sua aventura na Juventus, tendo já sido decisivo em algumas partidas da Serie A ou da Liga dos Campeões.

O internacional português contou como foi ter o seu pai como treinador no início da sua carreira como futebolista, garantindo que não foi um período fácil, mas que saiu mais forte dessa situação.

«Uma honra, e não o digo por ser meu pai: os factos falam por ele. Uma honra e um fardo… não nego que não foi fácil tê-lo como treinador, mas, ao mesmo tempo, esta situação foi um empurrão para me aperfeiçoar todos os dias e provar que não era um favorecido. Consegui chegar à seleção nacional sozinho...», começou por dizer, em entrevista ao La Stampa, antes de revelar que ele lhe continua a dar conselhos.

«Falamos antes e depois de cada jogo, mas ele nunca intervém em temas táticos ou situações estratégicas que pertençam aos aspetos técnicos, mantém-se afastado disso. Nas nossas conversas, falamos de mim, de como me sinto, de como devo enfrentar o desafio do ponto de vista mental», disse, comentando o lance do segundo golo diante do Parma, em que ele, Weah e Thuram participaram na jogada.

«Um belo momento. Entre nós, falamos da estranha circunstância que nos liga a uma história comum. O meu pai e o pai de Thuram chegaram a jogar juntos...», relembrou, recordando ainda como foi crescer com um pai futebolista.

«Crescemos a desafiar-nos uns aos outros em casa e a mãe enlouquecia ao levar-nos aos treinos. Com um pai assim, era natural que nos apaixonássemos pelo futebol, mas o pai nunca nos impôs nada: só se nos sentirmos realizados é que seremos felizes, era o seu refrão. O pai diz-me a mim e aos meus irmãos para sermos sempre nós próprios: se estivermos felizes, podemos fazer o drible perfeito num jogo», revelou, elegendo ainda o momento mais especial que se recorda do jogador de futebol Sérgio Conceição.

«Tenho muitas, mas uma em particular: estava em campo com a camisola do PAOK contra o Olympiakos na fase final da sua carreira e marcou um golo de chapéu. É de arrepiar», finalizou.