«Finalizamos a prova sem derrotas»: tudo o que disse Vasco Seabra após a final da Taça da Liga
Vasco Seabra lamentou o desaire na final da Taça da Liga, mas destacou o orgulho que sente nos jogadores que orienta

Allianz Cup «Finalizamos a prova sem derrotas»: tudo o que disse Vasco Seabra após a final da Taça da Liga

NACIONAL27.01.202423:00

Treinador do Estoril diz que custa perder sem sofrer nenhum desaire no tempo regulamentar, mas também reafirma o orgulho que sente nos jogadores que orienta; depois de terem eliminado FC Porto e Benfica, canarinhos eram uns justos vencedores do troféu, salienta; triste com a derrota, mas muito motivado para o futuro; sobre a possível saída de Koba Koindredi, a garantia de que fará a viagem para o Estoril com os restantes companheiros

O que faltou para o Estoril não levar este jogo para penáltis e conquistar o troféu?

- É triste tem termos de sentimento porque não vencemos, mas um orgulho enorme nestes jogadores e nestes homens. Finalizamos a prova sem derrotas e fomos eliminados nos penáltis. Estou muito orgulhoso dos nossos adeptos, pela festa que trouxeram ao estádio. Foi uma entrada muito boa da nossa parte, como ficou demonstrado na jogada que dá o penálti e o golo, e depois do SC Braga reagiu muito bem, sobretudo no ataque à profundidade. Na primeira parte não conseguimos competir tanto na chegada ao último terço. Na segunda parte o jogo foi muito mais dividido, sem grandes oportunidades de parte a parte, e acabou por decidir-se nos penáltis. 

Durante a partida oscilou taticamente. Qual foi o objetivo dessas mudanças?

- É habitual fazermos algumas oscilações dentro do jogo. Em 5x4x1 queríamos fechar o jogo interior e obrigar a jogar por fora. O SC Braga é uma equipa com muito jogo à profundidade, o que liberta espaço entre linhas para que nós ativássemos a pressão. Tentámos magoar os centrais e os médios do SC Braga para conseguirmos estar muitas vezes com uma linha alta.

Que impacto é que pode ter esta perda da Taça da Liga num momento histórico para o clube e com jogadores tão jovens?

- Temos 24 horas para sofrer ou para festejar, mas desta vez não vai dar. Amanhã, às 12 horas, temos de estar no clube. Tivemos energia até à exaustão. Está a ser um mês de janeiro altamente preenchido, por mérito dos jogadores. Esse desgaste vai obrigá-los a levantarem-se para continuarem a defender as cores do Estoril como sempre temos feito. Voltaremos à competição principal e que queremos continuar a demonstrar o que valemos.

Depois de eliminar o FC Porto e o Benfica o Estoril seria um justo vencedor? E Koindredi, já se despediu?

- Dei-lhe um abraço muito forte no campo, temos ligação forte. Não sabemos o que vai acontecer e, por isso, vai seguir connosco para baixo, é o que lhe posso dizer. Nem sequer sei se posso contar com ele no próximo jogo. Acho que éramos uns justos vencedores, mesmo que o Artur [Jorge] não ache piada a esta parte [risos]. 

Pelo facto de ter um plantel tão jovem faz com que nos próximos dias tenha de ser muito mais um condutor de homens do que propriamente um treinador?

- Estamos aqui para servir os jogadores. Eles sentem que nós temos a oportunidade de nos levantar em cada jogo que fazemos. Disputar as competições que nós disputamos é só para os melhores e, como tal, temos de nos levantar. Levámos um soco porque nos predispusemos a lutar. Temos ainda muito para mostrar com muitos jogadores com imenso talento.