Antevisão Estrela da Amadora - Moreirense: Tricolores espreitam história contra cónegos sensação

Boa réplica contra o Sporting motiva os tricolores, que nunca venceram os cónegos; minhotos procuram justificar histórico de confrontos positivo e a excelente classificação ocupada na Liga

A 11.ª jornada da Liga coloca a reedição de um confronto que na época passada decorreu por duas vezes, mas na Liga 2: Estrela da Amadora (via play-off) e Moreirense (venceu mesmo a competição) ascenderam no final da época transata à Liga principal...e têm dado cartas.

Estrela e Moreirense medem forças ao final da tarde, pelas 18 horas, com os tricolores a cumprirem uma temporada dentro dos objetivos planeados: está fora dos lugares de despromoção, ainda que com uma margem de quatro pontos para os mesmos. Uma serenidade que transparece para as bancadas da Reboleira, que se têm mostrado em verdadeira comunhão com a equipa, que em sua casa tem causado incómodo a todos os adversários.

Seguem-se os cónegos em deslocação à Amadora, embalados por um início de temporada que os coloca entre as grandes sensações da Liga até agora, com 17 pontos alcançados em dez jornadas e uma impressionante sexta posição e à espreita de um ainda menos provável quarto lugar, que até poderia materializar-se em caso de escorregadela (leia-se, derrota surpresa) do Sporting de Braga frente ao lanterna vermelha Arouca.

O saldo enquanto visitante para o Moreirense é altamente satisfatório: descontando a derrota surpresa em Paredes, que ditou o afastamento da Taça de Portugal, o conjunto do Minho venceu nas últimas duas saídas pelo campeonato e apenas foi derrotado em Alvalade, pelo Sporting, num total de cinco deslocações na competição desde o início da temporada. Soma, de resto, mais derrotas em casa do que fora, tendo perdido com FC Porto e SC Braga no seu reduto.

A seu favor, além do registo equilibrado de 13 golos marcados e 10 golos sofridos nas dez jornadas já realizadas, os comandados de Rui Borges têm também a seu favor o fator histórico, que regista seis vitórias num total de...sete confrontos entre os dois clubes. Só por uma vez o Moreirense não venceu o Estrela e foi em...Moreira de Cónegos, na época passada, mais precisamente numa igualdade a zero na 1.ª volta da última Liga 2.

Assim, ao contrário do que sucede com muitos clubes, a Reboleira não é uma casa maldita para o Moreirense. Antes pelo contrário, dado que na época passada os cónegos até garantiram a subida ao escalão máximo na casa estrelista, tendo feito a festa no relvado e até recebido o troféu de campeão. Uma imagem que o Estrela terá na sua memória para tentar o primeiro triunfo de sempre contra este oponente.

Estrela da Amadora 

Sistema: 3x4x3

Onze provável: António Filipe, Johnstone Omurwa, Miguel Lopes e Kialonda Gaspar, Jean Felipe, Aloísio Souza, Léo Cordeiro e Mansur; Ronald, Léo Jabá e Ronaldo Tavares. 

Lesionados: Bruno Brígido, Pedro Mendes, Pedro Sá, Régis N'Do, Gustavo Henrique e Isnaba Graça.

Treinador: Sérgio Vieira 

Figura: Ronald Pereira. Chegou na época passada como um perfeito desconhecido e cumpriu todo o percurso do Estrela: subiu de escalão com os tricolores e não estranhou a mudança de escalão, tendo sido titular em todas as dez rondas realizadas. Descarado e imprevisível, é muito forte no 1x1 e as suas constantes movimentações com o extremo do lado oposto - Léo Jabá - representam boa parte do arsenal ofensivo do Estrela.

O que diz o treinador, Sérgio Vieira: «Em termos de quantidade, qualidade e maturidade, o Moreirense tem esse tipo de jogadores, muitos deles já tinham jogado na Liga e têm experiência dentro do futebol português, de primeira divisão. É uma equipa com maturidade e qualidade individual, naturalmente».

Moreirense 

Sistema: 4x3x3

Onze provável: Kewin Silva, Fabiano Souza, Maracás, Marcelo e Pedro Amador; Gonçalo Franco, Lawrence Ofori e Alanzinho; Madson Souza, Kobamelo Kodisang e André Luís. 

Lesionados: Alhassane Sylla, Dinis Pinto, Hernãni Infande e João Camacho.

Treinador: Rui Borges.

Figura: Lawrence Ofori. Um guerreiro a meio-campo do qual Rui Borges não abdica. Dinâmico e voluntarioso, dá expressão ao trio de meio-campo como um 6/8 com movimentação alargada nos momentos defensivo e ofensivo, o que justifica a sua titularidade nas dez jornadas realizadas até ao momento, situação que deve repetir-se este sábado, na Reboleira, e a partir daí o ganês de 25 anos terá de ter cuidado: com quatro amarelos, está a um de cumprir suspensão e ser obrigado a parar...

O que diz o treinador, Rui Borges: « O Estrela é uma equipa muito intensa, comprometida, muito forte no ataque à profundidade e nos duelos físicos, muito atlética, principalmente em casa. Tem jogadores muito rápidos e capazes na tomada de decisão, no último terço».