Este Sporting é sinónimo de ataque

Jogo com o Estrela da Amadora foi o que registou mais remates dos leões nas dez jornadas já realizadas

A equipa está a responder àquilo que têm sido as exigências do seu treinador. Rúben Amorim quis que a época falhado do ano passado servisse de catapulta para uma temporada de sucesso e a equipa está a reagir ao repto do tudo ou nada que o treinador assumiu.

«Não vamos estar a dizer que queremos o segundo ou o terceiro lugar. Sabemos a importância do segundo, mas vamos pelo primeiro. O Sporting não acabará se não ganhar o campeonato. Está bem mais forte e no caminho certo, e eu, enquanto líder, sinto que temos de enfrentar as coisas assim, com mais ou menos pressão temos sempre de ganhar. Enquanto treinador decidi ter este tipo de abordagem», clarificou Rúben Amorim, depois de ter feito a declaração da época do tudo ou nada após a vitória no Bessa. 

1 novembro 2023, 16:02

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Certo é que à passagem da 10.ª jornada os leões lideram a tabela classificativa com 28 pontos (em 30 possíveis), mais três do que o segundo classificado, o Benfica, algo que não acontecia há… 47 anos, quando, em 1976/1977, o Sporting de Jimmy Hagan venceu o SC Braga (4-1) para alcançar cinco pontos de vantagem ao fim de uma dezena de rondas, numa altura em que as vitórias ainda só valiam dois pontos. 

O jogo com o Estrela da Amadora, em Alvalade, serviu para revelar um Sporting de ataque, de olhos sempre postos na baliza. Analisando as estatísticas da Liga, diga-se que este foi o encontro em que os leões mais remataram à baliza, nada mais nada menos do que 25 tentativas para fazer balanças as redes à guarda de António Filipe. Antes, só no jogo com o Moreirense, também em Alvalade, é que os leões tinham chegado às duas dezenas de remates. 

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Curiosamente, o jogo em que se registaram menos remates foi no Bessa, com apenas sete tentativas, num encontro em que o Sporting somou os três pontos. Quanto ao único jogo da Liga que os leões não venceram, frente ao SC Braga (1-1), na 4.ª jornada, foram contabilizados apenas oito remates à baliza. 

Importa dizer que o Sporting ocupa o top 3 do melhor ataque da prova, com 22 golos marcados, tantos quantos tem o Gil Vicente, só superados pelo SC Braga (29). 

Certo é que as peças que Rúben Amorim tem colocado em campo têm sido fulcrais para este Sporting de ataque, com os laterais a chegarem-se aos alas na primeira fase de construção, permitindo abrir mais linhas de passes, sem descurar os virtuosos Marcus Edwards, Pedro Gonçalves, Francisco Trincão, imprevisíveis para os adversários quando pegam na bola, Nuno Santos a lateral confere à equipa uma presença ofensiva adicional no último terço e uma linha atacante de três jogadores móveis, que procuram espaços entrelinhas.