Ameaças ao campeão do mundo chegam ao mais alto nível; chefe do gabinete do presidente de Javier Milei diz que tomou conhecimento do que aconteceu em Rosário
As ameaças a Ángel Di María em Rosário tornaram-se matéria de Estado na Argentina. As autoridades locais estão em campo desde o primeiro episódio de intimidação, mas transformou-se em assunto que justifica a intervenção ao mais alto nível do Governo, depois de um grupo criminoso daquela cidade argentina ter atacado uma bomba de gasolina e deixado uma mensagem dirigida ao ainda jogador do Benfica. «Estamos à tua espera», escreveram, com o objetivo de evitar o regresso de Di María ao Rosario Central.
Guilherme Franco, chefe de gabinete do Governo do presidente Javier Milei, partilhou, em declarações à rádio Cadena 3 de Rosário, que está «ao corrente» do que aconteceu mais recentemente e considerou aquele ato criminoso «uma coisa ridícula», mas não o desvalorizou.
«As organizações criminosas de Rosário tentam provocar o caos, mas têm cada vez menos estruturas e há cada mais mais controlo sobre elas», argumentou Guillermo Franco, que qualificou de «impressionante» o trabalho de segurança que está a ser feito pelos agentes de autoridade do país e da província. «Nunca faltará alguém que faça estas ameaças, que, no meu entender, são impraticáveis», acrescentou.
O chefe de gabinete de Javier Milei, braço direito do presidente da Argentina, aproveitou a intervenção para tentar convencer Di María a trocar o Benfica pelo Rosario Central e, assim, jogar no clube no qual se formou antes de se mudar para a Luz.
Mural de homenagem a Di María vandalizado e bilhete com ameaça num ataque a tiro a uma estação de serviço; sonho de regressar ao clube que o formou mais complicado; continuidade na Luz ainda possível
«Claro que diria a Di María para voltar [ao Rosario Central]. Sem prejuízo do que se tem passado em Rosário, este país tem de assegurar a segurança de todos os argentinos», assinalou Guillermo Franco, que confessou admiração pelo campeão do mundo: «É um ídolo e admirado pela personalidade. O Estado tem de garantir a segurança dele. Preocupa-me que existam delinquentes que façam essas coisas.»
Benfica e Messi
O Benfica, como revelou Rui Costa, ainda tenta convencer Di María a renovar o contrato por mais um ano. E ainda prevalece a convicção de que o avançado possa ficar, apesar do plano que ele tem de jogar seis meses em Rosário e depois juntar-se a Lionel Messi, no início de 2025, no Inter Miami.