ANTEVISÃO Eslováquia-Ucrânia: será que a surpresa continua?
Se vencerem, eslovacos estarão mais perto dos oitavos de final; ucranianos querem dar resposta à copiosa derrota (0-3) na jornada inaugural
Esta sexta-feira, Eslováquia e Ucrânia dão início à segunda jornada do Grupo E do Euro 2024. O encontro está agendado para as 14 horas, no Merkur Spiel-Arena, em Düsseldorf e contará com a arbitragem do experiente árbitro inglês Michael Oliver.
O histórico de confrontos mostra que a Eslováquia e Ucrânia encontraram-se oito vezes, com a equipa do leste europeu em vantagem: 3 vitórias, contra 2 vitórias da turma da Europa Central. No último desafio, em 2018/19, a Eslováquia saiu com a vitória por 4-1 para o grupo B da Liga das Nações.
Este será o primeiro duelo entre as formações num Europeu.
Os eslovacos, no qual faz parte o boavisteiro Róbert Bozeník, chegam à esta partida muito moralizados, após inesperada (e feliz) vitória (1-0) ante a Bélgica, na jornada inaugural. Em caso de novo triunfo, o conjunto do italiano Francesco Calzona irá dar um importante passo para os oitavos de final, fase que atingiu em 2016, sendo o melhor resultado de sempre enquanto nação independente. Em 1976, conquistou um Campeonato da Europa, mas como Checoslováquia.
Onze provável: Martin Dúbravka; Peter Pekarik, Denis Vavro, Milan Skriniar e David Hancko; Stanislav Lobotka,, Juraj Kucka e Ondrej Duda; Ivan Schranz , Róbert Bozeník e Lukas Haraslin
A figura: Stanislav Lobotka
Com apenas 1,70 metros de altura, o médio-defensivo de 29 anos é uma formiga de trabalho e dá critério à primeira fase de construção eslovaca. Frente à Bélgica, foi eleito justamente o homem do jogo e promete não ficar por aqui. Há vários anos em Itália, ao serviço do Napóles, Stanislav Lobotka é mais um exemplo de que o tamanho não importa no futebol. Compensa essa ausência, com inteligência, agressividade e excelente posicionamento tático.
O que disse Francesco Calzona: «Todos os jogadores estão disponíveis. A Ucrânia tem grande qualidade e identidade na sua forma de jogar. Eles estão jogando com um novo treinador há algum tempo. Vai ser um jogo difícil, mas também temos a nossa qualidade. Não foi difícil preparar mentalmente os jogadores. A euforia [depois de vencer a Bélgica] durou algumas horas, mas três pontos não serão suficientes para avançar para a próxima fase. A nossa maior força é a humildade. Temos que dar 110% se quisermos agradar o nosso povo. Estamos muito felizes por ver tantos adeptos eslovacos nas bancadas e espero que eles continuem a nos apoiar nos próximos jogos».
Já os ucranianos entram em campo muito pressionados, após a copiosa derrota (0-3) ante a Roménia na primeira jornada. Apesar da elevada posse de bola, o ataque não conseguiu dar resposta ao volume de jogo criado e o selecionador Serhiy Rebrov poderá fazer mudanças na equipa, a começar na baliza com Anatoliy Trubin, guarda-redes do Benfica, a espreitar uma oportunidade em detrimento de Andriy Lunin, campeão europeu pelo Real Madrid, que teve um desempenho infeliz frente aos romenos, com dois erros que tiveram influência direta no resultado final.
Onze provável: Anatoliy Trubin; Yukhym Konoplia, Illia Zabarnyi, Mykola Matvienko e Oleksandr Zinchenko; Taras Stepanenko e Mykola Shaparenko; Viktor Tsygankov, Georgiy Sudakov, Mykhaylo Mudryk e Artem Dovbyk.
A figura: Artem Dovbyk
O ponta de lança de 26 anos tem meia Europa atrás dos seus serviços, depois de uma impressionante campanha com os espanhóis do Girona em 2023/24. Além de ter alcançado uma inédita qualificação para a Liga dos Campeões, foi o melhor marcador da La Liga, com 24 golos apontados.
Realizou uma exibição cinzenta ante a Roménia, mas o jogador vai querer dar uma resposta e ajudar a Ucrânia a conseguir a primeira vitória neste Euro 2024.
O que disse Serhiy Rebrov: «Todos são responsáveis [pela derrota com a Roménia]. A culpa é do treinador e dos jogadores. O Campeonato da Europa é o nível mais alto possível. Tivemos alguns problemas com o nosso onze, mas todos os jogadores que entraram nos ajudaram. Após a derrota, analisámos o jogo. Todos entenderam os seus erros. Sabemos que devemos entrar em campo com mais energia e vontade. Espero realmente um bom jogo porque o último foi um banho frio. A Eslováquia é uma equipa forte. Eles têm jogadores que atuam em bons clubes. Quando os analisei, vi que eram muito disciplinados taticamente. Eles venceram a Bélgica em grande estilo. Temos muito respeito por eles».