Sporting «Empate sabe a derrota»
Rúben Amorim não hesitou em considerar que o empate deste domingo à noite com o Benfica «sabe a derrota» e apontou a falta de capacidade da equipa para manter o ritmo intenso que impôs na primeira parte, assim como a falta de maturidade de alguns jogadores, como os factores que conduziram a desfecho que até acabou por considerar ajustado, uma vez que, justificou, «a primeira parte foi toda do Sporting, a segunda foi mais do Benfica».
«Quisemos manter o ritmo ao longo do jogo, numa ou noutra bola não conseguimos sair e o momento da equipa não ajuda, criou alguma desconfiança, e defendemos mais baixo. O Benfica não criava muito e em dois cruzamentos conseguiu empatar. Depois tivemos lances em que podíamos e devíamos ter feito melhor, um do Paulinho. A equipa recuou em demasia de forma inconsciente? Sem dúvida, tudo entrou nessa fase. Quando as coisas não saem bem somos equipa muito difícil de contrariar, mas a falta de maturidade de alguns jogadores em certas fases cria desconfiança, até entre eles. Mas defendemos bem e uma ou outra saída bastava para equilibrarmos o jogo. Acho que foi a capacidade de ainda não conseguirmos manter aquele ritmo o jogo todo e nota-se bastante», analisou, assumindo que impedir a festa do título em Alvalade pesou na cabeça dos jogadores:
«Os sportinguistas só estão num clube a vida toda, é diferente de jogadores e treinadores, mas se eles sentiram essa pressão, imaginem a equipa, que é jovem… Mas a resposta que deram na primeira parte, e mesmo na segunda, a jogar jogo diferente… Faltou maturidade para controlar melhor o jogo, mas sentíamos que os adeptos não queriam permitir isso [a festa do título] e os jogadores muito menos», realçou, concordando que o que se viu em Alvalade foi «o reflexo da época», com um Sporting que foi do 8 ao 80.