Tottenham Dono dos 'spurs' detido nos EUA!

O bilionário inglês Joe Lewis, de 86 anos, dono e ‘Chairman’ do Tavistock Group e, através de um fundo familiar, da ENIC – proprietário do Tottenham Hotspur, onde só a 24 de maio de 2022 investiu £150M (€175 M) – está detido desde esta quarta-feira em Nova Iorque (EUA), sob a acusação de fraude e corrupção com informação privilegiada no seu círculo de staff, parceiras amorosas e ‘testas de ferro’ que detém nas mais de 200 empresas em todo o Mundo participadas pelo grupo

O ‘inside trading’ [abuso de informação privilegiada, interna e confidencial, no mercado bolsista] terá, de acordo com a acusação norte-americana, a cargo do procurador Damian Williams, de Nova Iorque, permitido aos amigos daquele a quem a especializada revista ‘Forbes’ reputa uma fortuna pessoal estimada em 6.100 milhões de dólares (5516 milhões de euros) enriquecerem também… à margem da lei.

Lewis, que fez fortuna com interesses em áreas de mercado tão díspares quanto o imobiliário, biotecnologia, energia ou agricultura irá ainda ser presente a tribunal esta quarta-feira, em Nova Iorque, para responder pelas 16 (!) acusações de fraude na quebra de segurança de informações privilegiadas e mais três acusações de alegada conspiração.

«Corrupção empresarial clássica», salientou Damian Williams, citado na ABCNews, usando as informações privilegiadas para benefício, também, do seu círculo próximo. E detalhou que Lewis, graças às suas participações empresariais num vasto universo de empresas, reclamava um lugar nas respetivas administrações (para si ou ‘testas de ferro’ e associados), que depois lhe transmitiriam, em primeira mão, as principais novidades das empresas, que passava a pessoas próximas e da sua confiança… que enriqueciam depois, quando as ações que a conselho seu tinham comprado (numa altura em que grandes ‘descobertas’ ou lucros empresariais ainda não eram do domínio público)… e revendiam uma vez as ‘boas novas’ das companhias serem tornadas públicas e os ‘papéis’ das empresas subirem na bolsa.

Já o advogado de Lewis, David Zornow, garantiu que ‘«o Governo dos EUA cometeu um enorme erro, com acusações doentias a um homem íntegro, de 86 anos» e recusou que o bilionário – inglês mas a residir nos EUA (raramente é visto no Reino Unido) – «não foi detido, antes se apresentou de forma voluntária às autoridades».