25 outubro 2024, 15:48
A análise de Francisco Neto: «Poderíamos ter sido mais competentes a finalizar»
Selecionador admite quebra de concentração no início da segunda parte
Portugal entrou com o pé direito nos 'play-offs' de apuramento para o Europeu do próximo ano. Segunda parte a ritmo mais baixou permitiu tímida reação das azeris
Portugal foi, esta sexta-feira, a Baku, no Azerbaijão, golear a seleção local, por 4-1, para ganhar vantagem confortável no 1.º play-off de apuramento para o Europeu do próximo verão, na Suíça. Se, em Vizela, na próxima terça-feira (19h45), confirmar a vitória nesta eliminatória, Portugal terá ainda de defrontar Bielorrússia ou Chéquia para tirar bilhete para a fase final.
Cedo se percebeu que a supremacia portuguesa era evidente e a dúvida que pairava era o tamanho da vantagem que as navegadoras trariam para o jogo da segunda mão. As facilidades no setor defensivo do Azerbaijão eram muitas e foi com naturalidade que, antes da meia-hora de jogo, Portugal já vencia por 3-0 com golos de Ana Capeta (5'), este depois de uma abordagem infantil da guarda-redes Sharifova ao lance, Tatiana Pinto (10') e Diana Gomes (26'). As duas laterais - Joana Marchão, uma das melhores do lado luso, e Catarina Amado - funcionavam como autênticas extremos e os espaços entre linhas das azeris permitiam a Portugal variar jogo e explorar diferentes soluções para entrar na área adversária.
E se Sharifova teve culpa no primeiro golo, também teve o mérito de evitar uma goleada de mão cheia em tempo de intervalo, travando os ímpetos de Andreia Jacinto (44') e Telma Encarnação (45+3').
Com o resultado feito, Portugal abrandou o ritmo na segunda parte e poupou energias. Aproveitou o Azerbaijão para reduzir, por intermédio de Parlak (58'), na recarga a um lance em que Ana Borges falhou o corte e permitiu um primeiro remate de Yeliz Açar - das poucas a fugir ao desacerto azeri - para a defesa com o pé de Inês Pereira, mas foi mesmo essa a única aproximação com perigo da seleção da casa à baliza portuguesa.
Francisco Neto injetou 'sangue novo', tirando Kika Nazareth, Andreia Jacinto e Telma Encarnação de uma assentada, aos 62', e Portugal colecionou chances para avolumar o resultado até final. Entre desconcentrações perante tantos facilitismos e remates sem a melhor direção, foi Diana Silva, apenas aos 89', a carimbar o 4-1 final, na emenda na grande área a um cruzamento de Joana Marchão da esquerda. Depois disso, nota para a estreia de Andreia Bravo, médio de 19 anos do Sporting, sendo lançada para os instantes finais.
A seleção de Francisco Neto traz para Vizela uma vantagem confortável e até manifestamente curta perante o avassalador domínio demonstrado em certas alturas do jogo, salientando-se a seriedade que as jogadoras portuguesas mostraram perante um adversário com pouca expressão no futebol feminino.
Recorde AQUI as incidências da partida.
25 outubro 2024, 15:48
Selecionador admite quebra de concentração no início da segunda parte