Destaques do Sporting: Gyokeres só precisa de um rastilho para dinamitar qualquer defesa
Sueco é um poço de força e a cada cavalgada contagia não só a equipa como os adeptos. Avançado fez a diferença e Pedro Gonçalves marcou... à ponta de lança. Hjulmand e Morita ganharam o meio-campo até perderam as forças
O melhor em campo: Gyokeres (8)
Mais uma grande exibição! O sueco é um avançado fortíssimo que cria inúmeros problemas logo que lhe deem uns centímetros. Uma arrancada desde o meio-campo, ao seu estilo, logo do início, só foi travada jperto da área. Cada nesga de terreno é uma oportunidade para arrancar e logo desequilibrar, como à passagem da meia hora, só travada em falta por Otamendi. António Silva foi mais ágil, mas também sentiu muitos problemas para segurar o sueco, um autêntico poço de força. Contagia toda a equipa e todo o estádio de cada vez que pega na bola e arranca para a baliza. Assim foi no 2-0: cavalgada do sueco, Otamendi para trás e golo. Simples, para alguém diferenciado, claro.
Franco Israel (6) — Regressou à titularidade e mostrou-se sereno. No único lance de registo da primeira parte, socou canto traiçoeiro de Di María. Voltou a aparecer à hora de jogo para encaixar um remate prensado de João Mário e depois, num ápice, sofreu dois golos. No primeiro nada podia fazer e no segundo não segurou o remate de Di María. Valeu-lhe o VAR.
Quaresma (6) — Muito concentrado, foi rigoroso nas compensações e precioso numa série de dobras. Atento e rápido, jogou na antecipação e ganhou inúmeros lances, justificando o regresso à titularidade. Saiu esgotado nos minutos finais.
Coates (6) — Causou um grande calafrio logo aos dois minutos, quase deixando que Neres lhe roubasse a bola. Logo se recompôs, mostrando a habitual liderança. Brilhou com uma grande recuperação ao ir buscar Tengstedt: usou o corpo e ganhou o lance com grande autoridade. Depois naqueles três minutos quase fatídicos não conseguiu segurar a equipa. No golo de Aursnes é ele quem coloca o norueguês em jogo e no anulado a Di María as águias pareciam que estavam a jogar sozinhas... Depois serenou, tal como toda a equipa.
Diomande (5) — Divide as culpas com Matheus Reis no golo do Benfica. Estava a fazer uma exibição impecável, com a habitual serenidade, mas naquele momento esqueceu-se de acompanhar o norueguês...
Geny Catamo (7) — Sempre a acionar o corredor direito, deu profundidade à equipa e foi um perigo constante. Está com a corda toda, como o ilustra o remate perigoso, um pouco por cima ao minuto 52. Rúben Amorim quis aproveitar o grande momento de confiança do moçambicano e foi ele a primeira aposta para o... ataque — Esgaio entrou para a direita. Meteu velocidade nos lances, teve um par de boas arrancadas, mas sem resultados. Acabou por ser rendido na ponta final, já com a bateria completamente descarregada.
Hjulmand (7) — Começou muito forte, a mandar no meio-campo. É dele o passe teleguiado para Pedro Gonçalves inaugurar o marcador. Um momento que lhe ainda mais confiança para aumentar ainda mais o raio de ação para organizar todo o futebol da equipa, ora a tranquilizá-la, ora a acelerá-la. Também ele não aguentou o ritmo e saiu.
Morita (7) — Impressionante a leitura de jogo do japonês. Sempre no lugar certo, sempre a tomar as melhores decisões. Muito forte nos duelos, deu grande fluidez ao jogo. Ao primeiro toque, faz circular todo o jogo e também por isso foi dos poucos que conseguiu gerir as energias.
Matheus Reis (5) — Aposta para a esquerda, estava a fazer uma exibição muita segura a defender e até a aparecer no ataque, mas depois borrou a pintura ao esquecer-se de Aursnes.
Edwards (5) — Perdeu grande oportunidade para fazer o 2-0. Podia ter rematado de primeira, mas preferiu dominar e ajeitar para o pé esquerdo e acabou desarmado. Um lance que o marcou, pois a confiança jamais foi a mesma. E foi o primeiro a sair...
Pedro Gonçalves (7) — Um golo à ponta de lança. Escondeu-se ao segundo poste e de cabeça atirou colocado, com a bola ainda a tabelar no ferro. Pouco depois da hora de jogo, conduziu um contra-ataque e soltou no timing perfeito para Edwards, que acabou por perder o lance. Sempre astuto a procurar os espaços, fugiu com frequência às marcações e criou muitos problemas aos encarnados, embora não tivesse voltado a ter oportunidade de ameaçar Trubin.
Esgaio (5) — Rúben Amorim socorre-se da experiência do lateral-direito após aqueles minutos de desnorte que ameaçaram a vitória. Entrou, fechou o corredor e ainda surgiu por duas ocasiões no ataque, optando, com espaço para tentar a sorte. Os remates (81 e 88’) sairam por cima.
Nuno Santos (5) — Voltou à posição de origem, juntando-se a Pedro Gonçalves no apoio a Gyokeres. 10 minutos de muita raça e ainda mais um golo candidato a Puskás, que acabou inavalidado por fora de jogo de Paulinho.
Daniel Bragança (—) — Aposta para serenar a equipa e fechar o jogo. Missão cumprida.
Paulinho (—) — Entrou apenas para segurar a bola no ataque.
St. Juste (—) — Regressou à competição e até trouxe ritmo.