Destaques do FC Porto: Se um Conceição incomoda muita gente...
Francisco Conceição deixa Lebedenko pelo caminho. Foto: Grafislab

Destaques do FC Porto: Se um Conceição incomoda muita gente...

NACIONAL17.03.202400:12

Já não é só o treinador que deixa os adversários à beira de um ataque de nervos; o filho dele voltou a mostrar que é o mais influente jogador da equipa; João Mário justifica lugar na Seleção

O melhor em campo: Francisco Conceição (8)

Aos 90+3’, disparou ao lado do poste direito, ficou irritadíssimo, queria mais, já com a vitória no bolso. Onde é que se viu isto? Sim, no pai. Aos 9’ ensaiou o gestou que todos conhecem, puxou para dentro e rematou. Seria assim que marcaria o bonito golo que deu o empate e lançou a equipa para a recuperação (55’). Mas, antes, não menos importante, sofreu a falta, quando escapava pela direita, que valeu a expulsão de Lacava. Nem sempre definiu bem os últimos cruzamentos, passes ou remates, mas alimentou sempre o receio no adversário sempre que conduziu a bola coladinha ao pé esquerdo, centrou para a área ou ensaiou o drible. Não marcou aos 89’ (rematou contra Buntic), aproveitou Toni Martínez.

Diogo Costa (6) — Nada podia fazer no desvio de Pepe para a própria baliza (17’). Teve pouco que fazer. Aos 11’ socou a bola com a mão direita e com alguma dificuldade após centro de Essende da direita, aos 52’ agarrou a bola depois de canto marcado por Bruno Costa.

João Mário (7) — Foi praticamente um extremo e enriqueceu o jogo com arrancadas a deixar adversários para trás, centros carregados de veneno e disparos, dois dos quais perigosos (57’ e 76’). Sofreu a falta da qual nasceu o primeiro amarelo de Lacava, que seria expulso. Soltinho, confiante, justifica a convocatória para a Seleção.

Pepe (5) — Abordagem a cruzamento de Essende tão má quanto infeliz resultou em golo na própria baliza. Talvez se tenha assustado com a presença de Petrov nas costas. De resto pouco a assinalar, deve ter passado mais tempo no meio-campo do Vizela. E foi lá que recuperou a bola no lance do quarto golo da equipa.

Otávio (6) — Aos 17’, bem adiantado no terreno, disparou com perigo para excelente defesa de Buntic, o pior foi depois, quando teve de recuperar no terreno e perseguir Essende, que não conseguiu travar, não evitando o cruzamento que deu golo ao Vizela. Jogou com o conforto de um adversário que não ameaçou e fez uso do forte remate — aos 78’ disparou e Evanilson fez a recarga para o golo.

Wendell (6) — Aos 3’ rematou com perigo, aos 7’ esticou-se para evitar o golo de Petrov, que ameaçava nas costas. Agitação inicial e tranquilidade depois. Bom cruzamento para cabeceamento de Evanilson ao poste (62’).

Alan Varela (6) — Primeiro homem a construir, com espaço e sem oposição, distribuiu jogo, jogou pela certa, arriscou poucos passes longos. Disparou duas vezes por cima da barra. Saiu aos 55’, depois do golo do empate, por Namaso.

Nico González (6) — Mais adiantado que Varela, pisou terreno onde havia muitas pernas por metro quadrado e era difícil encontrar soluções para sair do labirinto. Na primeira parte, boa iniciativa ao entrar na área pela direita e bom centro. Na segunda parte, teve mais espaço, e somou um remate perigoso (57’).

Pepê (7) — Com muita mobilidade, recuou várias vezes para encarar o adversário de frente e encontrou linhas de passe para os laterais, extremos e até Evanilson. Mostrou toda a qualidade técnica e leitura de jogo aos desmarcar-se para receber passe de Namaso, encaminhar a bola com o pé direito e rematar com o esquerdo para o golo. Aos 87’ rematou com perigo.

Galeno (5) — Menos influente que o habitual, quase marcou num remate cruzado aos 67’. Mas perdeu duas oportunidades em cabeceamentos (13’ e 31’). Aos 74’ disparou forte à figura. Equipa precisou mais do que teve para oferecer.

Evanilson (6) — Acaba com um golo (encostou numa recarga) e um cabeceamento ao poste, mas não só desperdiçou oportunidades (54’ e 90+2), como quase nem se deu por ele na primeira parte.

Namaso (6) — Foi jogar ao lado de Evanilson e 13 minutos depois lançou Pepê para o terceiro golo da equipa. Com a presença no ataque, quem mais ficou a ganhar até foi Evanilson, que ganhou mais liberdade.

Iván Jaime (5) — Boa abertura para Galeno (83’) foi a nota mais positiva. Andou ali atrás dos avançados, mas sem influência positiva.

Eustáquio (5) — Entrou cheio de genica, reclamou a bola, queria justificar a aposta de Sérgio Conceição, mas não emergiu no ataque final do FC Porto.

Toni Martínez (7) — O que se pede a um avançado? Golos, claro, e o espanhol precisa de pouco tempo e poucas oportunidades para marcar. No sítio certo para fazer a recarga de remate perigoso de Francisco Conceição.

Jorge Sánchez (-) — Pouco mais de cinco minutos em campo, como lateral-direito.