Destaques do FC Porto: Alan Varela a desbravar um caminho com muitas minas
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FC Porto Destaques do FC Porto: Alan Varela a desbravar um caminho com muitas minas

NACIONAL28.11.202323:13

Exibição de grande precisão tática do argentino no Olímpico Lluís Companys; Pepê arrombou o cofre, mas o alarme soou de imediato; Galeno ficou pelas ameaças e Diogo Costa brilhou entre os postes

A figura (6) -- Alan Varela

À medida que o tempo passa, Alan Varela vai-se sentido como peixe na água no meio-campo do FC Porto. Num palco exigente e diante de um dos colossos europeus, o médio argentino voltou a demonstrar toda a dimensão do seu futebol, com excelente leitura tática, acorrendo a demasiados fogos, ora no corredor central, ora nas sobras aos laterais. Sempre de cabeça levantada, o médio azul e branco repetiu o que fizera no Dragão diante do Barcelona, com uma exibição muito consistente, mas que voltou a não ser acompanhado com a conquista de um triunfo. Alan Varela saiu do relvado com a consciência de que cumpriu a preceito a sua missão. E continua a crescer no Dragão.

DIOGO COSTA (6) — Depois de uma grande defesa a remate de Raphinha no primeiro tempo, ia borrando a pintura com um passe desastrado para os pés de Pedri, valendo na circunstância o bloqueio de Eustáquio. Sem culpas nos dois golos sofridos, ainda voltou a brilhar perante Raphinha na segunda metade com duas intervenções de grande classe.

JOÃO MÁRIO (4) — Noite de sofrível do lateral-direito, incapaz de travar as investidas de João Cancelo. O defesa não fez a devida cobertura no primeiro golo e no segundo também não conseguiu evitar o cruzamento de João Cancelo. Foi com naturalidade que acabou substituído por Jorge Sánchez.

PEPE (6) — Indiferente aos assobios vindos da bancada, o capitão procurou sempre comandar as tropas e a verdade é que nem parece que esteve parado mais de 15 dias devido a lesão. Sempre bem posicionado, foi ainda importante no jogo aéreo.

FÁBIO CARDOSO (6) — Apesar de ter visto um amarelo perfeitamente desnecessário no meio-campo, cumpriu a sua missão sem comprometer. Procurou sempre jogar fácil, evitando deixar a defesa portista a correr riscos desnecessários. Atuou do lado esquerdo do eixo central, mas sempre de forma assertiva.

ZAIDU (4) — Regressou à equipa após lesão e revelou muitas dificuldades. Perdeu bolas incríveis em zonas perigosas, que colocaram em perigo a ação de Diogo Costa. No geral, teve apenas um apontamento positivo: um lance em que ganhou a Raphinha em velocidade e impediu que o brasileiro fuzilasse a baliza dos dragões.

PEPÊ (6) — Após uma jogada de insistência do ataque portista, conseguiu visar a baliza do Barcelona. Teve mais duas oportunidades para voltar a fazer golo, mas preferiu endossar a bola a companheiros que, no seu entender, estavam melhor colocados para faturar. Devia ter ajudado mais vezes João Mário para estancar a avalanche levada a cabo por João Cancelo e João Félix.

EUSTÁQUIO (6) — Um bloqueio a remate de Pedri evitou que o Barcelona chegasse ao 2-1 mais cedo no encontro. Foi um jogo de grande exigência física e, nesse capítulo, não comprometeu.

GALENO (6) — Beneficiando do espaço dado nas costas da defesa do Barcelona, o veloz atacante gizou alguns lances de apuro para a defesa contrária, mas nem esteve bem na definição. Aproveitou a velocidade como um trunfo e foi uma ameaça para a formação catalã.

EVANILSON (5) — Melhor na primeira parte, altura em que teve a missão de segurar bola de costas para a baliza e pisar vários terrenos na linha atacante. Acabou por sair após um encontro de grande sacrifício.

TAREMI (4) — Surpreendentemente, acabou por fazer o jogo completo. O que se passa com Taremi? Parece completamente alheado do jogo, muito trapalhão, sem vontade, sem precisão nas suas ações em campo. Mais uma exibição sofrível do internacional iraniano.

JORGE SANCHÉZ (5) — Entrou para o lado direito da defesa, mas na reta final jogou muitas vezes como central. Cumpriu os objetivos mínimos pedidos por Sérgio Conceição.

FRANCISCO CONCEIÇÃO (5) — Entrou com a missão de dar mais fogo ao ataque dos azuis e brancos. Agitou nos minutos iniciais e ainda desferiu um remate, mas a bola saiu à figura do guarda-redes contrário. Certamente merecia ter entrado mais cedo pelo que tem produzido nos últimos encontros no clube e nos Sub-21.

NICO GONZÁLEZ (4) — Aplaudido no regresso à Catalunha, o espanhol não acrescentou nada ao meio-campo do FC Porto.

TONI MARTÍNEZ (--) — Entrou para um jogo mais direto dos dragões na ponta final, mas a realidade é que o jogo não chegou ao ponta de lança.

NAMASO (--) — O inglês foi aposta de Sérgio Conceição para tirar partido do jogo entre linhas nos últimos minutos da partida. Mas acabou por não ter grande tempo para se mostrar.