Destaques do FC Porto: a irreverência de Wendell e Diogo Costa monstruoso
Foto: IMAGO

Destaques do FC Porto: a irreverência de Wendell e Diogo Costa monstruoso

NACIONAL23.09.202323:34

Lateral-esquerdo com uma exibição de grande nível; guarda-redes foi decisivo a negar o 1-2 com duas defesas de alto gabarito; Iván Jaime espalhou perfume e Eustaquio foi o salvador

8 WENDELL

Aproveitou bem a ausência por lesão de Zaidu e foi determinante na conquista dos três pontos. É dos seus pés que se inicia a jogada coletiva que culminou com o golo de Iván Jaime, mas decisivo acabou mesmo por ser na forma irrepreensível como cobra o livre direto e colocou a bola na cabeça de Eustaquio no período de descontos, sossegando as hostes inquietas dos azuis e brancos. O brasileiro teve uma entrega enorme ao jogo, uma disponibilidade física impressionante, galgando muitos quilómetros ao longo dos 90 minutos. Uma distinção mais do que justa do lateral-esquerdo, que foi sempre dos mais inconformados dentro das quatro linhas.

8 DIOGO COSTA — Se o FC Porto manteve a incerteza no marcador até ao final em boa parte o deve ao seu guarda-redes, que fez duas defesas espantosas, negando o golo a Félix Correia, primeiro, e depois a Maxime. Foi o verdadeiro capitão na aceção da palavra, não deixando o Gil Vicente levar o dragão ao tapete. 

5 JOÃO MÁRIO — Cumpriu serviços mínimos, não mostrando grande acutilância, tanto a defender como a atacar. Nunca tirou partido da pronfudidade, com um futebol muito lento e previsível. Não deu à equipa aquilo que Sérgio Conceição ambicionava.

6 FÁBIO CARDOSO — Continua a não ser um jogador que reúne grande consenso na massa associativa, mas entrega-se sempre ao máximo. Teve um passe errado que podia ter sido comprometedor, mas também é verdade que deu muitas vezes o corpo às balas.

6 DAVID CARMO — É certo que  esteve ligado ao golo do Gil Vicente, ao fazer um passe arriscado para Eustaquio, ele que estava a fazer uma atuação imaculada. Mas na hora de maior aperto, assumiu muitas vezes o jogo e tentou sair a jogar para empurrar a equipa para a frente. 

5 ALAN VARELA — Notou-se algum défice físico ao argentino, que falhou muitos passes, tanto curtos como longos. Talvez devido a essa falta de frescura, foi dos primeiros a ser substituído por Sérgio Conceição, pois era preciso mais energia em campo. 

7 STEPHEN EUSTAQUIO — O jogo até nem lhe estava a correr de feição, com algumas perdas de bola, mas a verdade é que acabou por vestir a pele de herói, levando o êxtase às bancadas do Dragão. Ainda assim, na segunda parte ganhou aos duelos individuais e foi o salvador da noite azul e branca.

4 ANDRÉ FRANCO — Tem somado minutos e conquistado a confiança de Sérgio Conceição, mas a verdade é que ontem esteve muito arredado do encontro. Preso de movimentações, nunca conseguiu sempre um elemento preponderante na equipa. Escondeu-se muito precisamente na altura em que a equipa mais precisava de si. Um desempenho discreto que lhe pode custar o lugar no onze,

7 IVÁN JAIME — Estreou-se a marcar pelo FC Porto no Dragão como tanto ambicionava. Mais uma bela exibição do espanhol, que para além do golo revelou pormenores muito interessantes do ponto de vista técnica, fazendo a bola sempre circular de uma forma fácil e precisa. 

6 GALENO — Nota amplamente inflacionada devido à sua preponderância no primeiro golo, aproveitando um bom passe de Wendell para servir Taremi no coração da área. Depois, na segunda parte, perdeu muito duelos para Zé Carlos. 

6 TAREMI — Também participou de forma ativa no golo de Iván Jaime, ao assistir o espanhol de calcanhar. O ponta de lança não conseguiu marcar como o havia feito na Alemanha para a Champions, mas nunca lhe faltou vontade para mostrar serviço. 

5 FRAN NAVARRO — Abriu a frente de ataque para tentar dar ainda mais trabalho à defesa da sua antiga equipa e teve logo nos pés uma boa oportunidade para marcar o segundo golo do FC Porto, mas a bola parece que queima para o espanhol. 

4 GONÇALO BORGES — Usou e abusou dos dribles e com isso a equipa perdeu muitos lances de perigo. Por vezes fica a sensação de que quer fazer tudo sozinho quando o futebol é um jogo coletivo. 

5 PEPÊ — Posicinou-se como lateral direito e ganhou vários lances junto à linha. Num deles, quase fez o 2-1, mas Andrew negou as intenções do compatriota. 

5 FRANCISCO CONCEIÇÃO — Com o seu virtuosismo, o extremo acrescentou chama ao ataque portista e num dos lances rematou para golo, mas Taremi impediu que a bola fosse na direção desejada.

- TONI MARTÍNEZ — Entrou a todo o gás para o assalto final e ainda foi a tempo de ganhar pelo menos duas bolas no meio-campo.