Destaque do SC Braga: Matheus foi um gigante entre os postes
Bruma ainda trouxe esperança e Pizzi viu o poste evitar o que seria o 2-2
A figura do SC Braga -- MATHEUS (7)
Se o SC Braga manteve a indefinição no resultado em boa parte o deve ao seu guarda-redes, que foi um gigante, mormente no decurso da primeira parte, altura em que fez três defesas enormes, travando um duelo interessante com Osimhen. O brasileiro foi o elemento que teve uma atuação mais preponderante ao longo dos 90 minutos e mostrou o porquê de António Salvador ter resistido às várias propostas que recebeu durante o mercado de transferências para vender o ‘keeper’. Nada conseguiu fazer nos dois golos do Nápoles e evitou que o campeão italiano saísse da cidade berço com mais bagagem. Uma noite de grande nível e não merecia a crueldade de Niakité na reta final do encontro.
4 VÍCTOR GOMÉZ — Uma exibição bastante apagada do lateral-direito, sem grande participação no jogo ofensivo da equipa, que costuma ser uma das suas principais armas. O Nápoles impediu que tivesse espaço para progredir no terreno e se preocupasse essencialmente em defender. E nem sempre o fez da melhor forma.
3 JOSÉ FONTE — Num jogo com a intensidade nota-se claramente a falta de velocidade do central do SC Braga. O central chega para os jogos internos, mas revela dificuldades para defrontar jogadores como o seu ex-companheiro no Lille, Osimhen, que lhe deu imenso trabalho e nunca o deixou respirar de alívio. Muitos erros individuais que penalizaram o SC Braga.
4 NIAKATÉ — Fica ligado diretamente à derrota, numa abordagem infeliz a um lance que ditou o desfecho da partida. Regresso ao onze não foi feliz, literalmente, mas ainda se bateu, dentro das suas capacidades, com o gigante Osimhen, um nigeriano difícil de travar, a não ser falta. Uma noite que certamente servirá para o maliano crescer na adversidade.
4 BORJA -- Passou literalmente ao lado do encontro, não mostrando serviço tanto a defender como a atacar. Foi um jogo complicado do ponto de vista de exigência, um teste no qual o colombiano chumbou por completo.
5 AL MUSRATI — Pelo segundo jogo consecutivo, não teve a preponderância que era desejada no meio-campo do SC Braga. O líbio perdeu muitas bolas em zonas perigosas, que possibilitaram rápidas transições ao Nápoles. Fez um passe magistral que colocou Ricardo Horta na cara do guarda-redes contrário, mas o lance acabaria por ser perder quando o resultado estava ainda em 0-0.
5 VÍTOR CARVALHO — Foi trabalhador, como é seu apanágio, mas sem revelar a intensidade necessária para um jogo desta envergadura. Perdeu muitos duelos com os seus adversários diretos na zona intermediária e isso, de certa forma, acabou por retirar músculo ao SC Braga numa área nevrálgica do terreno, que o Nápoles exerceu supremacia, perante a forma menos agressiva como os jogadores do SC Braga se exibiam nessa posição.
6 ÁLVARO DJALÓ — Um início de jogo fulgurante do jovem espanhol, com muita velocidade pela ala direita e cruzamentos perigosos para zonas de finalização, mas com o tempo foi perdendo clarividência e a marcação por parte do Nápoles passou a ser mais impiedosa. Ainda assim, a espaço, tentou com a sua velocidade fazer a diferença sobre uma defesa italiana muito compacta e sem ter problemas em recorrer à falta para travar o seu ímpeto.
6 RICARDO HORTA — O capitão nunca baixou os braços e tentou empurrou os companheiros para a frente. Teve o ensejo de marcar em duas ocasiões, numa delas com a bola a sair rente ao poste. Sempre em grande andamento, pela direita, esquerdo ou no corredor central, foi sempre um elemento que imprimiu muita dinâmica ao ataque do emblema arsenalista.
6 BRUMA — Deu a grande esperança ao SC Braga num belo golpe de cabeça, a culminar um excelente cruzamento de Zalazar. Procurou antes criar linhas de passe para Abel Ruiz, mas nem sempre foi bem sucedido nas suas intenções. Ainda assim, foi sempre dos elementos com maior rendimento na equipa de Artur Jorge, fruto também da sua vasta experiência nestas andanças da Liga dos Campeões.
5 ABEL RUIZ — Procurou sempre libertar-se das amarras dos centrais do Nápoles e numa dessas situações podia ter feito o golo, mas o cabeceamento, após cruzamento de Ricardo Horta, foi defendido pelo guarda-redes do Nápoles. No período de maior assédio do SC Braga junto da área contrária, a bola nunca chegou com condições ao lugar onde estava posicionado.
6 ZALAZAR — Entrou com a firme esperança de dar mais rendimento ao meio-campo e a verdade é que o uruguaio foi determinante na forma como colocou a bola na cabeça de Bruma. Além disso, teve sempre boa condução de bola e ajudou no assalto final…
4 BANZA — Impunha-se que a sua entrada fosse mais cedo, mas Artur Jorge assim não entendeu. Teve pouco tempo para mostrar o seu valor.
6 PIZZI — Por pouco não virou o herói da noite. Mesmo no último lance do encontro desferiu um autêntico tiro que esbarrou no poste da baliza do Nápoles. O médio ficou desalentado e tem razões para isso.
(--) ADRIÁN MARÍN – Foi aposta também pela qualidade dos seus cruzamentos e também porque Borja já não estava a ter um rendimento consentâneo com o que a equipa necessitava.