Courtois renuncia ao Europeu e arrepende-se do ‘caso da braçadeira’
Courtois não está entre os eleitos da Bélgica para o Europeu deste ano (IMAGO)
Foto: IMAGO

Courtois renuncia ao Europeu e arrepende-se do ‘caso da braçadeira’

Guarda-redes do Real Madrid está a recuperar de grave lesão e quebrou o silêncio sobre a polémica fuga do estágio da Bélgica, em junho, entre os jogos com Áustria e Estónia

Lesionado com gravidade no joelho esquerdo (rotura do ligamento cruzado anterior) desde agosto, Thibaut Courtois, dono e senhor da titularidade na seleção da Bélgica, revelou que não vai participar no Europeu do próximo verão, na Alemanha, onde a seleção de Domenico Tedesco vai, na fase de grupos, defrontar Roménia, Eslováquia e ainda um adversário por definir que virá do ‘play-off’.

«Não estarei no próximo Europeu devido à lesão. Quero recuperar a 200 por cento e não coloquei prazos nem datas para a recuperação. Se tudo correr bem poderei jogar em maio, mas é pouco tempo para estar, com segurança, num grande torneio pelo meu país», disse o experiente guardião, que foi protagonista de um caso em junho passado, quando, a meio de um estágio, ‘desertou’ depois de saber que Domenico Tedesco, o atual selecionador dos diabos vermelhos, daria a braçadeira de capitão a Romelu Lukaku. E, passados seis meses, Courtois pediu desculpa, numa grande entrevista ao Sporza.

«Quero pedir desculpa por essa situação. Errei ao abandonar a seleção depois do jogo com a Áustria, tenho de pedir desculpa à equipa e aos adeptos. Sinto muito, mas gostaria de explicar o que aconteceu: não teve nada a ver com a situação da braçadeira de capitão. Muitas pessoas falaram para ter o seu minuto de glória, mas poucos se interessaram pela minha versão. Se a questão fosse ser ou não capitão, ter-me-ia retirado na altura. Foi algo muito mais profundo do que isso. 

Nessa semana, eu fui o único a estar na semana toda, o De Bruyne lesionou-se e o Lukaku chegou mais tarde por causa da final da Liga dos Campeões. O selecionador não tirou um minuto para falar comigo, para me perguntar como estava, nada. Senti que algo de estranho se passava. No Real Madrid sou muito bem tratado e respeitado, não esperava aquele tratamento na seleção. No sábado, antes do jogo, o Tedesco chamou-me a mim e ao Lukaku e disse que ele seria o capitão com a Áustria e eu no jogo com a Estónia. Não se explicar, mas algo dentro de mim 'explodiu'. Não senti apreço por parte do treinador, nem da federação», explicou Courtois, deixando, por isso, a porta aberta para o regresso em breve.

Courtois com Domenico Tedesco, o sucessor de Roberto Martínez

«A porta não está fechada, adoro jogar pela seleção. Mundiais e Europeus são o melhor que há para um jogador, a porta não está fechada. E, nas condições em que estaria, voltar no Euro não seria o regresso perfeito.»