Casa Pia: fama de potenciador facilita Henrique…e talvez outros
Henrique Pereira celebra um golo apontado pelo Benfica B na Liga 2 em futebol. Foto: SL Benfica

Casa Pia: fama de potenciador facilita Henrique…e talvez outros

NACIONAL20.06.202415:41

Depois de anunciado o treinador, João Pereira, seguir-se-ão os primeiros reforços no plantel dos gansos; Henrique Pereira está garantido e exemplos do passado podem facilitar a chegada de outros cedidos pelos 'grandes'

Com o dossier treinador já resolvido e a chegada de João Pereira já confirmada, o Casa Pia passará a dedicar-se à contratação e oficialização de novos jogadores, tendo já novos elementos garantidos, como o avançado Clau Mendes, que terminou contrato com o Cornellá, de Espanha, mas a prioridade passará, na maioria dos casos, por Portugal, através de opções recrutadas em escalões competitivos como a Liga 2 ou, em casos pontuais, a Liga 3 e também com o empréstimo de alvos privilegiados a partir dos grandes.

O primeiro exemplo será o de Henrique Pereira, por quem já haverá toda a documentação formalizada por um acordo de empréstimo válido por uma temporada, que não reserva opção de compra junto do Benfica, numa curta viagem – entre os estádios da Luz, casa dos encarnados, e de Pina Manique, sede dos gansos, distam menos de sete quilómetros – que mereceu particular interesse por parte do clube da águia, muito interessado em acompanhar de perto o desenvolvimento do jogador.

As características de Kike, como é também conhecido desde bem cedo no Benfica Futebol Campus, merecem a confiança e o agrado por parte dos responsáveis benfiquistas, que acreditam poder ter um ativo de possível valorização na equipa principal nos próximos anos. Nesse sentido, revelou-se determinante encontrar o espaço mais adequado para que o extremo/segundo avançado de 22 anos possa continuar e a escolha ditou o Casa Pia, não só pela proximidade geográfica como pela boa fama que vem granjeando.

As últimas três temporadas têm sido pródigas em casos de sucesso no que diz respeito à potenciação de jovens valores para o emblema lisboeta, começando ainda pela época de subida da Liga 2 para o escalão principal, na qual revelou atletas com potencial como Jota Silva, hoje figura do Vitória de Guimarães e internacional por Portugal, ou Leonardo Lelo, que ainda milita no plantel dos gansos e já foi chamado para um Europeu de sub-21 ao serviço das cores nacionais.

Além do aproveitamento do valor próprio, o Casa Pia tem recebido, época após época, jovens provenientes da formação dos três grandes: em 22/23 chegou Romário Baró, emprestado pelo FC Porto, tendo realizado 24 partidas e ganho consistência para retornar ao plantel dos azuis-e-brancos, no qual ainda se mantém, e na temporada que recentemente findou chegaram Samuel Justo e Rafael Brito a partir de Sporting e Benfica, respetivamente, em contextos e performances diferentes.

Justo cumpriu 25 partidas ao serviço do Casa Pia, nem sempre como titular, e regressa aos leões para obter nova colocação, ao passo que Brito assinou em definitivo pelo emblema lisboeta, em regime de divisão de direitos económicos com o Benfica, e foi afetado por lesões musculares, realizando nove partidas…mas deixando sinais muito promissores para a temporada que se segue. Um sucesso, ainda que em alguns casos parcial, que agrada aos encarnados…mas não só.

A escolha por parte do Benfica em ceder Henrique Pereira ao Casa Pia, quando existiam várias outras ofertas pelo concurso do extremo ambidestro, uma das figuras do Benfica B em 23/24 com seis golos em 26 jornadas da Liga 2, demonstra a confiança no trabalho realizado em Pina Manique que se aplica também aos rivais das águias, Sporting, FC Porto e até o SC Braga, que ainda em janeiro emprestou André Lacximicant para a segunda metade da temporada. Destas proveniências poderão, ao longo deste defeso, chegar mais reforços.