Benfica-Feyenoord, 1-3 Bruno Lage: a conferência do treinador do Benfica na íntegra

INTERNACIONAL23.10.202423:56

Técnico apontou fragilidades e queixou-se, sobretudo, da forma como a equipa sofreu os golos

— Como analisa esta derrota?

— É derrota difícil para nós, pela forma como sofremos os golos. Senti que a equipa percebeu perfeitamente os 10 minutos iniciais do jogo que tinha pela frente, mas numa saída de bola nossa pelo ar acabámos por sofrer golo, com muita gente atrás da linha da bola, que entra com facilidade dentro da área. Boa reação, tivemos oportunidade de Bah para empatar e depois voltamos a sofrer um golo, que pesou muito. Tivemos boa reação no início da segunda parte, sentimos que se fizéssemos um golo antes dos 10 minutos finais poderíamos aproveitar a energia dos adeptos e marcar mais golos. Com as alterações continuámos a criar oportunidades, fizemos o 1-2, tivemos oportunidade para fazer mais um golo, mas depois mais uma desatenção nossa, 3-1, e jogo termina nesse momento. Lamentamos a forma como sofremos os três golos, nesses aspeto não fomos competentes.

— Foi a exibição menos conseguida desde que voltou ao Benfica?

— Nem passamos do 8 ao 80 nem do 80 ao 8, o processo que tem de continuar a evoluir, equipa cria oportunidades de golo que poderiam ser melhor aproveitadas, intervenções coletivas podem ser melhoradas para não sofrermos golos como o primeiro e o segundo. Percebemos perfeitamente o que aconteceu, agora é analisar com a equipa e domingo [Rio Ave] dar uma resposta à Benfica, temos de estar juntos e focados. É nestes momentos que jogadores e equipa têm de apresentar a melhor versão. Para dar imagem à Benfica.

— O que tem de fazer para que a equipa siga em frente?

— Temos de fazer a análise, percebemos o que aconteceu, a forma como sofremos os golos. Os dois golos sofridos tiraram-nos um pouco do jogo, mas fizemos o 1-2 e senti que a equipa poderia ter aproveitado essa energia. Criámos oportunidades, foi pena o terceiro golo. Não há que olhar para trás. É fechar este jogo, recuperar e pensar no domingo. Preparar o jogo seguinte.

— Beste como extremo e não a lateral. Pavlidis voltou a ficar em branco, mas trabalha muito. Di María novamente substituído, levanta a questão de ter, ou não, condições para fazer 90 minutos. Quer explicar estas situações?

— Beste, comigo, só tem jogado numa posição, tentamos tirar partido da agressividade ofensiva, do cruzamento, é rápido, forte no um para um. Sabemos que pode jogar noutras posições, mas tem resultado. Em relação ao ponta de lança, faz parte de um todo, sofremos golos, marcamos golos, é um todo. Temos de criar mais oportunidades, conhecer melhor os movimentos do ponta de lança e servi-lo da melhor maneira. Por fim, o mais importante para mim é analisar o que a equipa precisa a cada momento e sentir que a equipa cresce a cada momento, saíram mais jogadores, fizemos cinco substituições, senti a equipa a crescer, fizemos o 2-1 e poderíamos ter feito pelo menos o golo do empate.

— Kokçu não esteve ao nível de jogos anteriores, a equipa depende demasiado da criatividade dele?

— Com pressão homem a homem cerrada fica difícil.