Bernardo Folha recusou mudar de agente para renovar contrato

Médio polivalente está perto de acabar ligação ao FC Porto; pressão da antiga Direção fez o jogador repensar o seu futuro nos dragões

Longe de ser dos jogadores mais mediáticos do FC Porto, Bernardo Folha enquadra-se no grupo de jovens promessas do clube que subiu ao patamar principal por força do seu talento, mas a porta de saída poderá estar prestes a abrir-se porque o médio está a menos de 15 dias de terminar contrato. Ainda não se conhecem as intenções da atual gestão do futebol profissional, mas, independentemente disso, não há como esquecer que na sua melhor fase, em 2022/23, estava em discussão a renovação do contrato até junho de 2027, o que não aconteceu.

Bernardo Folha eclipsou-se na temporada que agora terminou, onde atuou em exclusivo pela equipa B (22 jogos, um golo e três assistências), mas o facto de poder desempenhar vários papéis no meio-campo e ter apenas 22 anos, feitos em março, abre-lhe um leque de possibilidade em Portugal e no estrangeiro. O processo de renovação com o FC Porto não foi tão fluido como se esperava e teve muito a ver com um aspeto que foi frisado por André Villas-Boas durante a campanha eleitoral. «Há jogadores que estão a ser obrigados a assinar por determinados agentes, seja para renovar, seja para continuar a jogar. Isso é uma forma de pressão inaceitável sobre os jovens jogadores», acusou, na altura.

Bernardo Folha é representado pela empresa Nomi Sports, de Raul Costa, antigo responsável jurídico dos dragões, um dos intervenientes na transferência de Luís Díaz para o Liverpool, que foi sistematicamente atacado por Pinto da Costa durante a campanha. As más relações com o agente fizeram com os antigos responsáveis da SAD sugerissem a Bernardo Folha a troca de empresário para acelerar a renovação do vínculo. O futebolista recusou e o processo, mais do que cristalizar, foi metido na gaveta e fechado a sete chaves.

24 março 2024, 19:06

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Bernardo Folha iniciou-se no futebol no Boavista, mas desde 2010/11 que não conheceu outra realidade sem ser a do FC Porto – na formação, tal como sucedeu a quase todos os jogadores da sua geração, passou também pelo Padroense, espécie de clube-satélite dos azuis e brancos. O médio fez a estreia pela equipa principal a 15 de dezembro de 2021, ao entrar aos 74 minutos num jogo da Taça da Liga, frente ao Rio Ave, que o FC Porto ganhou por 1-0. A época 2022/23 foi a mais produtiva, com 13 jogos, um golo e uma assistência, participando na conquista da Taça de Portugal e Taça da Liga.