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Benfica joga muita coisa em Itália: como irá descalçar essa bota?

NACIONAL29.01.202509:30

Treinador dos encarnados enfrenta desafio tremendo no momento mais delicado da temporada

O Benfica tem pela frente aquela que poderá ser considerada a mais importante partida da temporada até ao momento e os problemas causados pela derrota com o Casa Pia (1-3) e pela conversa do treinador com os adeptos desaconselham a aposta num onze pouco convencional para o duelo da UEFA Champions League com a Juventus.

As escolhas de Bruno Lage deverão, pois, ir ao encontro daquele que tem sido o padrão dos encarnados, com a utilização dos jogadores mais importantes, algo que não aconteceu na partida do campeonato com os casapianos. Nesse encontro, Tomás Araújo, Aursnes e Schjelderup não foram utilizados, mas esse trio deve ter regresso ao onze esta quarta-feira à noite, reaproximando o Benfica da sua melhor versão.

Álvaro Carreras, o jogador mais utilizado pelos encarnados em toda a temporada, não estará em campo, devido a castigo, abrindo uma enorme dúvida sobre o nome do novo dono do lado esquerdo da defesa. Manda a lógica apostar em Jan-Niklas Beste, dado que o alemão é o outro defesa canhoto do plantel e viajou para Turim.

Teria a sua dose de surpresa se outra opção fosse privilegiada, dado que as adaptações na defesa não têm funcionado muito bem. Já acontecia com Roger Schmidt em relação a Morato, que pagou o preço de jogar na linha com corpo e rotinas de central, e não parece ter resultado também na perfeição com Tomás Araújo, pois foi ao lado de Otamendi que mais sobressai e fez a sua afirmação na Luz, ao ponto de ter sido já chamado a integrar as opções do selecionador nacional Roberto Martínez.

«É tempo do Tomás Araújo se afirmar cada vez mais dentro do Benfica»

11 janeiro 2025, 10:45

«É tempo do Tomás Araújo se afirmar cada vez mais dentro do Benfica»

Começou como treinador principal no Brasil mas viu-se obrigado a treinar em Portugal, no Benfica B, para ter acesso ao grau máximo de qualificação para treinadores: UEFA Pro. Não esquece os muitos jogadores que treinou e que hoje são figuras maiores do futebol português

As dúvidas, porém, persistem, mais a mais depois das palavras pouco reveladoras de Bruno Lage na conferência de Imprensa: se jogar Bah à direita, terá de sair Tomás Araújo ou António Silva, se jogar um central como lateral-direito então o dinamarquês poderá ser aposta para o lado esquerdo. Ou isso... ou perderá um pouco mais de embalagem, ele que renovou pelo Benfica há pouco tempo.

No meio-campo, Florentino, Kokçu e, muito provavelmente, Fredrik Aursnes, na frente de ataque parece haver todas as condições para reunir o ataque que quase derreteu a defesa do Barcelona.

Di María foi titular com o Casa Pia e não desejará certamente regressar a Turim, que já foi a sua casa, na condição de suplente utilizado, já no lado contrário parece obrigatório fazer avançar Schjelderup. O extremo norueguês voou baixinho com os catalães e o seu virtuosismo e técnica em velocidade poderão ser dois dos grandes argumentos da equipa do Benfica, que desejará, certamente, procurar com intensidade a baliza da Juventus para que a Juventus não passe o jogo a procurar a sua.

Por fim, a frente de ataque. Pavlidis, pelos três golos ao Barcelona, quase obriga Lage a lançá-lo. Eis como poderá o Benfica descalçar a bota italiana, que pode ter peso decisivo para o técnico e para o Benfica.