Aviso para tajiques pressionantes e rematadores

Seleção pode carimbar passagem aos oitavos de final do Mundial na quinta-feira

Portugal pode garantir amanhã a passagem aos oitavos de final do Mundial de futsal, em caso de vitória sobre o Tadjiquistão. Se a frieza dos números o diz, a dureza, entenda-se, dificuldade do jogo é algo que faz parte do estudo português. 

«A identidade do Tajiquistão revelou-se muito no jogo com Marrocos», começa por analisar Jorge Braz. O selecionador explica que por isso é que a equipa asiática teve «mais finalizações, momentos muito claros de qualidade individual e de verticalidade no jogo, muito direto», atributos que, de resto, confirmaram as análises prévias da equipa técnica portuguesa.

De resto, o responsável máximo pela equipa das “quinas” espera um conjunto adversário «galvanizado, sem nada a perder, com um entusiasmo brutal» pela sua estreia num Mundial de futsal, depois de uma taça da Ásia “muito boa”. E aponta um atributo curioso aos tadjiques: «É uma equipa muito alegre a jogar, finalizando de todo o lado e não tendo nada a perder» no encontro contra Portugal, depois da derrota infligida por Marrocos (4-2), na primeira jornada do grupo E. Mas Jorge Braz apenas pede uma equipa «à Portugal, organizada e consciente», estando convicto de que serão dois aspetos fundamentais para a segunda apresentação dos campeões do mundo em título na Humo Arena.

E revela que os lances de bola parada (até agora, quatro golos nasceram dessa variante), têm sido alvo de trabalho específico, «um dos conteúdos em que apostamos mais, de forma a conseguirmos surpreender». Trata-se de uma alternativa «extremamente importante», embora o técnico prefira sublinhar que «os jogadores portugueses cada vez têm maior conhecimento do jogo, são decisores e finalizadores muito bons» pelo que agora é «afinar e refinar coisas novas que tentámos trazer para o campeonato do Mundo».

Bruno Coelho tem uma visão muito idêntica sobre o adversário de amanhã. Uma equipa que trará «mais dificuldades, mais intensa, mais forte fisicamente, que nos vai criar muitas dificuldades se nós não estivermos no máximo das nossas capacidades», avisa o experiente extremo português. Garantir já a passagem à fase de eliminação direta é um objetivo, mas Bruno não tem dúvidas quando assume que «o nosso objetivo é passar com três vitorias, se possível». Aos 37 anos e a jogar o seu terceiro Mundial, Bruno Coelho olha apenas para o futuro próximo, mostrando-se pronto «para ajudar a nossa seleção», e, no imediato, batendo o Tajiquistão.

Uma vitória lusa assegura aos campeões do mundo a qualificação para os 'oitavos', sendo que, em nenhum caso, poderá na quinta-feira ficar garantido o primeiro lugar do grupo E. Tal só se definirá na terceira jornada (domingo), no encontro com Marrocos, o campeão africano de futsal.