A BOLA NO EURO 2024 Até Cristiano Ronaldo e Rúben Dias foram ver o festival de fondue
Presença portuguesa no duelo de Berlim; Suíços e italianos apelaram aos trunfos gastronómicos; Família canadiana dividida no primeiro duelo dos oitavos de final
BERLIM - O calor convidava ao descanso, e os relvados anexos ao Estádio Olímpico de Berlim acolheram algumas sestas regeneradoras antes do jogo. Ao chegar, a equipa de reportagem de A_BOLA teve de fintar algumas mantas esticadas debaixo das árvores para estacionar o carro, na primeira vez em que teve direito a parque.
Junto à entrada principal, a três horas do apito inicial, já passeava uma dupla canadiana: o pai com a camisola 23 da Suíça, com o nome de Shaqiri nas costas, e o filho a prestar homenagem ao 18 italiano, Nicolò Barella.
Não foi combinação inédita no final de tarde da capital alemã, dada a proximidade geográfica - e não só - entre Itália e Suíça. Aqui e ali iam aparecendo grupos de adeptos que misturavam as cores das duas seleções, nas camisolas ou até nas pinturas faciais. Em alguns casos, porém, essa combinação era proporcionada por adeptos germânicos, que antes de colocarem os olhos no jogo da sua seleção decidiram ir ver a abertura dos oitavos de final. Mas no meio de uma família local, equipada com as cores da mannschaft, lá estava uma camisola - não oficial - da seleção portuguesa, com o nome e o número de Cristiano Ronaldo nas costas. Omnipresente.
Por ali também andava uma camisola do Benfica, de Rúben Dias, vestida por Hugo, um português residente em Zurique que, depois de ter visto a vitória de Portugal sobre a Chéquia, em Leipzig, esteve em Berlim a torcer pela Suíça.
O duelo da capital germânica foi também gastronómico, como não podia deixar de ser. «Massa é melhor do que fondue», dizia a bandeira de um adepto italiano, enquanto dois suíços, debaixo de uma árvore, tratavam da especialidade helvética, indiferentes ao aparato de fotografias e vídeos em redor. Talvez já estivessem a adivinhar o que veriam em campo: um banquete da equipa de Murat Yakin, a transformar o campeão em massa quebrada.