Antevisão Argentina-Colômbia: pressión, pressión e más pressión numa das últimas danças dos 10
Lionel Messi e James Rodríguez são os grandes protagonistas da final da Copa América
A Argentina corre para a 16.ª. Os colombianos sonham com a segunda, depois de na que conquistaram, em 2001, não terem estado precisamente os argentinos, que desistiram devido aos problemas de segurança no país. É uma grande diferença de historial que estará, portanto, em campo na muito aguardada final da Copa América, num Hard Rock Stadium de Miami muito bem preenchido, apenas a 25 minutos de carro do estádio onde habitualmente atua a maior estrela nesse relvado: Lionel Messi.
Quem espera, contudo, o triunfo tranquilo dos homens das Pampas poderá andar longe da realidade, pois os cafeteros acabaram de elevar o seu registo de invencibilidade para 28 jogos e apenas sofreram dois golos em toda a prova, diante de Paraguai e Brasil, ainda na fase de grupos. Além disso, espera-se que se faça jus ao nome do anfiteatro, com um futebol de elevadas octanas, ou não estivessem os finalistas, tal como os rivais das meias-finais Uruguai e Canadá, estruturados numa pressão alta e agressiva e na consequente verticalização imediata.
A Colômbia é, curiosamente, treinada por um argentino. Nestor Lorenzo foi adjunto de José Pekerman na Albiceleste, nos mexicanos do Toluca e Tigres e, inclusive, na Tricolor, antes de ser finalmente chefe de equipa nos peruanos do Melgar e, por fim, aceitar o comando dos cafeteros na sequência do despedimento de Reinaldo Rueda, após o fracasso no apuramento para o Catar. Com o antigo defesa, vice-campeão do mundo em 1990, a equipa rapidamente voltou aos eixos. Bateu Alemanha, Brasil, Uruguai (duas vezes) e Espanha e, na atual Copa América, está a ser a mais concretizadora, com 12 golos, mais quatro do que os rivais.
Se a Colômbia tem finalizado melhor, a Argentina é aquela que mais oportunidades tem criado. Nos cinco jogos, conseguiu 10,26 xG (expected goals), 9,5 se retirarmos da equação os penáltis, contra 5,6 dos colombianos sem pontapés dos 11 metros. É assim esperado maior volume ofensivo da Scaloneta, que tenta construir desde a baliza e gera rotações posicionais sobretudo sobre a direita, onde está Messi, e aparecem à vez Di María, De Paul, Enzo e Mac Allister para destroçar as marcações contrárias.
Os colombianos tentarão empurrar os argentinos para os flancos para contrariar o seu ataque posicional e, com a bola, que tentarão dividir, não sentirão pudor em apostar num estilo mais direto.
Frente a frente estarão também dois 10. Aos 37 anos, a Pulga defende a passo, é sustentado defensivamente pelo trabalho furioso do meio-campo (De Paul, Mac Allister e Enzo) e baixa depois para pensar o jogo como médio e envolver-se com os colegas, sempre na direção daquele meio-espaço entre central e lateral.
Do outro lado, mais vagabundo a toda a largura do terreno estará um James rejuvenescido, protegido por um muro de três unidades nas suas costas (4x3x1x2), para pensar todo o ataque. E quando a bola parar e pertencer aos cafeteros, cuidado! Já leva seis assistências.