Arcos de triunfo com sabor a manutenção (crónica)
Rio Ave fez a festa nos Arcos (Foto: MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA)

Rio Ave-V. Guimarães, 2-1 Arcos de triunfo com sabor a manutenção (crónica)

NACIONAL04.05.202418:55

Vila-condenses bateram recorde de invencibilidade na Liga (10 jogos) e podem festejar permanência já este sábado, se Portimonense perder em Alvalade; vimaranenses reagiram tarde e 'adiam' recorde pontual para dérbi do Minho com o SC Braga

Duas realidades diferentes, duas equipas em busca de recordes, fez a festa o Rio Ave, que ao vencer na receção ao Vitória de Guimarães (2-1), para a 32.ª jornada, no Estádio dos Arcos, fez o que lhe competia na luta pela manutenção (que pode ficar garantida já este sábado, se o Portimonense perder em Alvalade). Isto ao mesmo tempo que somou o 10.º jogo longe do sabor da derrota, maior série invicta dos vila-condenses na Liga, às custas de um conjunto vimaranense que, após uma semana marcada por notícias da saída do treinador Álvaro Pacheco no fim da época, complicou a hipótese de se colar ao pódio e continua a uma vitória do recorde pontual do clube (63).

O encontro começou morno e morno continuou até à meia-hora, com escassas oportunidades de parte a parte, a defraudar as expectativas dos adeptos nas bancadas. O golo de Jota Silva aos 30’ seria a lufada de ar fresco que aquele jogo tático pedia, mas a posição irregular do extremo secou-lhe os festejos. O abanão a valer chegaria com estrondo, do outro lado, com Joca a fazer balançar as redes da baliza de Bruno Varela (37’), animando o marcador para os da casa, que à saída para os balneários só poderiam queixar-se da lesão de Aziz.

O golo deu confiança ao Rio Ave e obrigou o Vitória a redefinir a estratégia, pelo que não foi de estranhar a entrada avassaladora dos minhotos no segundo tempo — só não houve estragos porque Jhonatan cansou-se de ser espectador e frustrou as intenções de Tomás Ribeiro (49’) e Jota Silva (50’).

Uma equipa em busca do empate foi depois traída por uma perda de bola de Tomás Handel, que permitiria o 2-0 a Boateng (56'). O mesmo Handel poderia ter feito melhor aos 58’, Nélson Oliveira poderia ter finalizado boa combinação entre Ricardo Mangas e Jota Silva (80’). O golo tardou. Foi bonito, Nuno Santos, mas tardio (90+4’). Já não havia tempo para o empate, muito menos para recordes — talvez no dérbi do Minho com o SC Braga?