7 maio 2024, 22:00
Benfica: investimento de €42,5 M não tem (para já) retorno
Aposta em Tengstedt, Schjelderup, Rollheiser e Prestianni pode ter futuro, mas o presente não traz resultados; rendimento baixo de quatro contratações de elevado custo
Avançado sem futuro garantido na Luz, mas Kjetil Rekdal desaconselha saída; «Não ter marcado mais também é responsabilidade da equipa»
Casper Tengstedt tarda em afirmar-se no Benfica. Embora tenha sido o preferido de Roger Schmidt para liderar o ataque encarnado em alguns momentos da época, pelo seu trabalho sem bola, o avançado dinamarquês marcou apenas quatro golos ao longo da temporada, todos na Liga, registo manifestamente baixo para quem se procura impor como opção válida para ponta de lança titular num clube com a dimensão das águias. Ainda assim, Kjetil Rekdal, treinador norueguês de 55 anos que teve Tengstedt ao seu serviço no Rosenborg, da Noruega, acredita no potencial do avançado dinamarquês, que «vai continuar a progredir».
O antigo treinador do número 19 das águias considera que «passar da segunda divisão da Dinamarca para a primeira divisão da Noruega e depois para Portugal em cinco meses foi um grande passo», pois «a Liga portuguesa é muito melhor e, para um avançado, estas mudanças são difíceis». E frisa que «seria irreal esperar que ele chegasse ao Benfica e marcasse imediatamente 30 golos numa época».
Rekdal afirma que qualquer jogador «precisa da confiança dos colegas e dos treinadores e de participar em muitos jogos para se habituar à equipa e à Liga», recusando a ideia de que um empréstimo poderá ser vantajoso para o avançado: «Penso que ele deve ficar. Vai continuar a progredir e no próximo ano poderá fazer uma época melhor, pois já estará mais ambientado à Liga e ao clube. Agora que já passou a primeira época completa [Benfica ainda tem um jogo por jogar], que sabe melhor o que fazer, que conhece os colegas de equipa, não me surpreenderia se a próxima temporada fosse a sua época de afirmação.»
7 maio 2024, 22:00
Aposta em Tengstedt, Schjelderup, Rollheiser e Prestianni pode ter futuro, mas o presente não traz resultados; rendimento baixo de quatro contratações de elevado custo
Ainda assim, o treinador norueguês reconhece que «não é fácil ser titular de uma equipa como o Benfica», que tem «grandes jogadores a competir por um lugar no onze inicial» e «joga muitos jogos internacionais difíceis».
Rekdal reitera que «embora não acompanhe regularmente o campeonato português», sabe que Tengstedt «teve muito mais tempo de jogo em comparação com os seus primeiros seis meses no clube», defendendo que se a equipa não estiver bem, o avançado também terá mais dificuldade em balançar as redes: «Este ano não estiveram tão bem na Europa e não ganharam a Liga. Penso que há mais problemas na equipa do que o Tengstedt. Como avançado, se não tiveres oportunidades, torna-se muito difícil. Penso que o facto de não ter marcado mais golos também é responsabilidade da equipa. Porque ele é um goleador quando tem oportunidades.»