Anselmi: segunda vitória consecutiva, onze repetido e ausência de Namaso
Treinador do FC Porto afirmou que a equipa está num bom momento e que a pausa internacional veio ajudar a melhorar o sistema de jogo, explicando que o avançado não ficou de fora da ficha de jogo devido a problemas físicos
O FC Porto venceu no Estoril, por 2-1, com uma reviravolta, e Martín Anselmi era um homem muito feliz no final da partida, não só pela segunda vitória consecutiva, a primeira vez que o conseguiu desde que chegou ao clube, mas também pela exibição.
- Num jogo em que deu a sensação de ter as coisas controladas, acabou por não permitir quase nada ao adversário.
- Sim, creio que sim. Não é fácil jogar contra esta equipa neste estádio. Têm feito boas coisas este ano e nós fizemos uma partida como queríamos fazer. Criámos ocasiões de golo, fomos intensos e jogámos rápido, como tínhamos treinado. Fomos agressivos ao princípio, encontrámos outra forma de construir e encontrámos algumas vantagens, tivemos de jogar um pouco largo. Creio que estamos a fazer bem as coisas e creio que há um crescimento, tanto de resultado, como de coletivo, trabalho. Daria-me essa boa sensação de não sofrer, merecíamos, porque praticamente não sofremos perigo real. Numa jogada, para mim, afortunada, não voltaria a acontecer, mas creio que há um crescimento de muitas coisas e por esse lado sim, muito feliz.
- Pela primeira vence dois jogos seguidos pelo FC Porto, também a primeira a dar a volta e vencer. São sinais de evolução positiva?
- São sinais de tempo, trabalho. Só isso. Duas vitórias consecutivas dão muita confiança e a vitória afirma a ideia, o crer, a confiança e trabalho. Nós vamos em 11 jogos, só 4 jogámos em casa, 7 fora. Três tivemos semanas largas para trabalhar e tivemos mais tempo para implementar a nossa ideia, o nosso conceito, os outros foi jogar e recuperar, jogar e recuperar. Creio que o FC Porto e estes jogadores sempre competiram, nenhum rival nos superou amplamente, e depois é isso. O esforço, a competitivade, querer ser melhor, nesse sentido estamos em crescimento.
- Repetiu o onze pela primeira vez. Econtrou a equipa base para encarar esta reta final da época?
- Aconteceu de tudo. Nós chegámos, não tínhamos condição para ir à Sérvia. Depois não tivemos Pepê, Mora, João Mário, Martim fernandes, Fábio Vieira. Então duas semanas em que quase todos os jogadores estão disponíveis... e isso é importante. Pepê, Mora e Fábio jogaram juntos em Faro. Vão sempre acontecendo coisas que vamos solucionando, jogo com o SC Braga não esteve Pepê nem Fábio, nem Rodrigo.
- Criou uma dinâmica forte no corredor direito. Na sua dinâmica de jogo, quão importante é?
- Sabíamos que o Estoril defende em 5-2-3, 5-4-1. Sabíamos que os seus centrais são muito agressivos para saltar com os nossos médios, o direito é o mais. Então quando a bola chegava aos laterais, é jogar de primeira a bola com o Fábio, porque jogavam num bloco muito curto, difícil de entrar. Temos bons jogadores, eles sabem juntar-se e ficar com a bola, mas havia um momento em que tínhamos de dar profunidade... como foi o caso do Fábio, do Mora e do Pepê, que esteve num um para um com o guarda-redes. Tínhamos treinado isso, quando acontece em jogo estamos mais bem preparados, mas o destaque vai para os jogadores que o fizeram em pouco espaço. Têm a capacidade para fazer isso em pouco espaço, sem isso seria difícil.
- A que se deveu a ausência de Namaso?
- Namaso entrou muito tarde, quinta-feira, então no final tivemos muitos jogadores, todos bons, e creio que alguém tinha de ficar fora. Foi ele, podia ter sido outro, Gul ou William, outro avançado, porque formámos o banco com situações diferentes que se podiam passar. Decidimos assim porque ele tinha ficado pouco tempo durante a semana connosco. Teve uma viagem pesada, situações muito difíceis. Foi ele, na próxima semana veremos quem.
Foi mais do mesmo: um futebol fraco e uma defesa que treme por todos os lados. Cada canto é uma tremedeira. Desta vez marcaram dois, e o Estoril falhou às suas oportunidades… do pior FCP do século