Ángel Di María: o adeus do homem das finais
Ángel Di María (Imago)

Ángel Di María: o adeus do homem das finais

INTERNACIONAL23.11.202318:22

O jogador do Benfica vai deixar a seleção argentina após ter ganho tudo o que havia para ganhar

Ángel Di María anunciou que se vai afastar da seleção argentina depois da Copa América 2024. O jogador, que regressou ao Benfica esta temporada, já levantou todos os troféus possíveis pela Argentina e, melhor ainda, marcou um golo em todas as finais que ganhou.

Antes de o extremo chegar à equipa principal, ainda participou no Mundial sub-20 (2007) e também nos Jogos Olímpicos (2008), vencendo ambas as competições pela Argentina. Durante o campeonato do mundo sub-20, Di María jogou 5 jogos e marcou 3 golos, mas não saiu do banco na final contra a República Checa. Já nas Olimpíadas teve outro destaque, ao lado de Kun Aguero e Lionel Messi, onde não só jogou sempre, como ainda marcou o golo decisivo na vitória por 1-0 frente à Nigéria na final. 

Logo após esse torneio, que aconteceu no verão de 2008, Di María foi convocado para a equipa A e estreou-se, em setembro, frente ao Paraguai, num jogo da fase de qualificação para o Mundial 2010. Nesta altura o jogador estava a começar a sua terceira temporada pelo Benfica.

Entre 2014 e 2016 veio o período negro da seleção argentina, que perdeu duas finais consecutivas da Copa América, nos penáltis, com o Chile, e também a final do Mundial frente à Alemanha. Di María jogou ambas as finais a titular contra os chilenos, mas foi substituído e não chegou a bater nenhuma grande penalidade. Já na final do Mundial 2014, o extremo lesionou-se nos quartos de final e falhou os últimos dois jogos da competição.

Após esse período complicado, veio um ano e meio cheio de sucesso para os argentinos. Primeiro com a conquista da Copa América, em 2021, o primeiro troféu que o jogador do Benfica venceu com a seleção principal. A final era com o Brasil, em pleno Maracanã, e a Argentina venceu por 1-0 com golo de… Di María.

Quase um ano depois, a seleção albiceleste jogou com a Itália no primeiro confronto de sempre entre os vencedores da Copa América e do Europeu. Os argentinos acabaram por vencer facilmente os italianos, por 3-0, e um dos golos foi marcados por El Fideo, que levantou o seu segundo troféu pela seleção, desta vez a Finalíssima, em Wembley.

Por fim, o Mundial-2022, o seu quinto e último título pela seleção principal da Argentina, e o mais marcante. A França foi derrotada apenas nas grandes penalidades, já sem Di María em campo. O jogador foi substituído aos 64 minutos, mas saiu com a equipa a vencer por 2-0 e contribuiu decisivamente para os dois golos: primeiro com um penálti sofrido, que Lionel Messi converteu, e depois com um golo marcado, assistido por Alexis Mac Allister.

É inegável que o Di María foi um dos jogadores mais decisivos na história da seleção e vai ficar para sempre na história do futebol argentino e mundial. Em 136 jogos marcou 29 golos, fez 29 assistências e conquistou cinco títulos pela Argentina, três deles na seleção principal.