Ainda o polémico jogo com o Boavista: «Houve coisas mais graves nesta jornada»

FC Porto Ainda o polémico jogo com o Boavista: «Houve coisas mais graves nesta jornada»

NACIONAL03.05.202313:54

Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, fez, esta quarta-feira, a antevisão ao jogo com o Famalicão, da segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal. Os dragões venceram por 2-1 na primeira mão.

Que jogo espera:

«Não temos de pensar no jogo que passou. Temos de ganhar o próximo, e é bem demonstrativo do nosso respeito pelo Famalicão. Ainda em Alvalade mudou oito jogadores e continuou com qualidade. Fez uma partida interessante. O que nos espera é um jogo difícil. É uma meia-final. O discurso do João Pedro é que o jogo mais importante é o do Jamor, para nós é amanhã e queremos chegar ao Jamor.»

Preocupado com o aspeto físico:

«Preocupa-me em relação ao João Mário, da minha parte achar que as questões físicas são importantes depois de termos tantas durante a época… Agora temos o João Mário e o Marcano, que foi expulso. Toda a gente está motivada, perceber o jogo que é. Que nos vai permitir estar numa final de uma competição, a segunda em termos de importância a nível nacional.»

Dificuldades em materializar e ganhar com tranquilidade:

«Nós vamos à procura de uma constante evolução individual e coletiva da equipa. Olhamos para isso. Tenho a minha opinião e partilhei-a com os jogadores. Tentamos encontrar soluções. Por 1-0 ou 2-1, mas temos ganho. Se quero ganhar sempre 4-0? É possível, mas temos jogado contra equipas competentes e os jogos têm a sua história. No final temos de somar os três pontos, no caso a qualificação para a final da Taça de Portugal.»

Três jogos de grande intensidade numa semana:

«Preparamos um jogo de cada vez, como disse há bocado estamos habituados a competir de três em três dias, foi assim quase todo o ano. Chegamos longe e os jogadores estão habituados. Temos 26 ou 27 jogadores e todos querem jogar. A gestão vai sendo feita durante a época. Neste momento olho para o jogo de amanhã como o mais importante. Depois pensarei no Arouca, mas e mesmo assim, se pensarmos em dois não estamos bem em nenhum deles.»

Timing pelo fim do jogo com o Boavista:

«Isso nem comento, houve coisas mais graves que aconteceram nesta jornada, isso nem merece comentários.»

Iguala número de jogos de Pedroto:

«Eu vivo tao focado em ganhar que acho que igualando amanhã esses números, que me deixa orgulhoso, o resultado é tao importante, que desvalorizo isso, talvez mais tarde veja isso, mas neste momento não me diz nada. Não quero fazer comparações e olhar para uma final que está bem lá em cima. Eu aqui a fazer pela vida e à espera de levar a equipa ao Jamor. Um dia mais tarde talvez, mas neste momento estou focado. Intensidade a todos os níveis, na forma como vivo as coisas. O nosso pensamento é o treino de hoje e o jogo de amanhã.»

Intenso ciclo competitivo:

«Quem joga é porque merece, dou nada a ninguém, vou dar minutos a este rapaz porque é simpático… Não, é porque merece. Aqueles que jogam têm de ter respeito, os que estão no banco têm de ter respeito por que fica em casa… podemos mudar um ou outro jogador, mas olhando para o momento dos jogadores e para a equipa. Vou meter o onze que acho que é melhor para este jogo. Mas toda a gente tem a sua importância.»

Levantar o pé e gestão frente ao Famalicão:

«Deixa-me entre a espada e a parede. Este artista, com arrogância, por isso não respondi e não vou responder, a forma das equipas muda de jogo para jogo. já dei exemplo, ganhámos ao Sporting e depois foi uma catástrofe com o Rio Ave, das piores primeiras partes. Não há gestão, se quisermos gerir as coisas vão dar para o torto. Tenho um grandíssimo respeito pela equipa do Famalicão. Tem jogadores de qualidade, jogam como equipa. Não há gestão. É olhar para onze jogadores e ver quem dá quem dá mais garantias. Em relação à consistência, talvez as pessoas possam vibrar com um resultado volumoso, mas nem sempre é possível. Estamos no fim e é normal que os jogos ganhem o seu peso. Se calhar a vontade de estar por cima no marcador é maior do que fazer o terceiro. As vezes é maior o medo de perder. Sem dúvida nenhuma que queríamos fazer o segundo, o terceiro e não defender o resultado.»

Como o Famalicão vai entrar:

«Preparámos muito a nossa missão defensiva, a equipa a ser pressionante. O Famalicão foi esticando o jogo no Cádiz, talvez tenham uma tática diferente amanhã. No final jogaram com dois avançados, não sei como será amanhã. Tenho de estar preparado. Já nos mudarmos… se queremos fazer uma gestão… não o devemos fazer. Se somos pressionantes e não queremos que cheguem à nossa baliza, se baixarmos um pouco vamos sofrer. O Famalicão vai ganhar confiança e vai ser uma confusão. Já aconteceu na nossa equipa. Queremos marcar e não sofrer.»

Formato da Taça de Portugal, meias-finais da Taça de Portugal:

«Não sou que tenho de responder. Sinceramente se fosse só um jogo tínhamos ganho e já estavámos na final. Tenho uma opinião, mas não vou dar.»

Equipa do FC Porto experiente:

«Aqui dentro não há pressão, já levam com a que eu faço. Tirando isso, há o chegar às semanas finais e de decisão, mas é trabalhar tofos os dias sem qualquer pensamento. É focarmo-nos no nosso trabalho, em cada jogo, depois treinar e preparar o jogo seguinte. Às vezes vejo miúdos, que pensam na playstation, o Pepe às vezes atira-se ao chão porque falhámos uma oportunidade, a parecer que lhe atiraram algo da bancada. Há outros miúdos que não pensam tanto. Trabalhámos esse aspeto. Queríamos que tivessem um brilho no olhar, um frio na barriga.»