Aderllan: «Maior desafio da carreira foi descer e subir novamente»
Defesa-central assume que a descida de divisão do Rio Ave em 2021 foi «difícil», e que ficou no clube por se sentir «acarinhado»
Aderllan Santos chegou ao Rio Ave em 2019, na altura por empréstimo dos sauditas do Al-Ahli, e desde então tem sido uma das figuras do clube, totalizando 159 partidas pelos vila-condenses.
Em entrevista ao clube, no programa «Identidade Rio Ave FC», o jogador de 34 anos explica os motivos que o levaram a ficar após a descida à Segunda Liga, em 2021: «Senti-me acarinhado, principalmente pelo clube. O maior desafio da minha carreira foi descer de divisão e tentar subir novamente. Foi muito difícil. Por vezes as pessoas não dão ênfase à conquista, ao título de campeão, que foi muito difícil. Fiquei pelo grupo, pelo treinador, pela direção, e pelos adeptos que pediram a minha permanância», frisa.
Antes de rumar a Vila do Conde, o defesa brasileiro já tinha jogado em solo português, ao serviço de Trofense e SC Braga. A adaptação a Portugal revelou-se fácil, sobretudo pelos tempos na Trofa: «O pessoal do Trofense ajudou-me bastante na adaptação. Até hoje tenho uma ligação com a Trofa, passo lá quase todas as semanas. Tenho lá amigos que me ajudaram muito. Normalmente, quem chega a um novo país quer que as pessoas se adaptem à sua cultura, e isso está errado. Sempre gostei de comunicar, de falar com as pessoas», revela.
Na quinta época a representar as cores rioavistas, Aderllan é um dos capitães da equipa, e a relação que tem com os elementos mais jovens do plantel não passa despercebida: «Eles ouvem o que querem, são como os filhos. Mas escutam, às vezes param. Principalmente o Costinha, que agora é um jogador 'top', chegou aqui e não sabia sequer falar (risos). Também o Jorge (Karseladze), o Ventura, o próprio Fábio Ronaldo. Eu costumo dizer que não fiz nada, só dou conselhos e a qualidade está neles», sublinha.
O defesa-central destaca também as principais diferenças que sente enquanto atleta desde que chegou ao clube, no verão de 2019: «Sou mais experiente, participo mais nas conversas entre o grupo de capitães, e ajudo mais os jovens. Antes, estava mais no meu canto e não gostava muito de opinar, e isso não era tão bom. Acho que participar na vida dos mais jovens, e poder dar-lhes conselhos é das melhores coisas que se pode ter. Sou sempre um jovem e quero sempre aprender. Por vezes nem percebo que sou mais velho do que eles, sou tão 'criança' que perco um pouco a noção do tempo», admite, entre risos.
O episódio completo está disponível no canal de YouTube do emblema vila-condense: