«A palavra dos dirigentes valeu pouco»

Juventus «A palavra dos dirigentes valeu pouco»

INTERNACIONAL24.08.202318:01

O internacional argentino Ángel Di María, de 35 anos, deixou esta quarta-feira, em entrevista à rádio italiana D Sports, severas críticas à Juventus (Série A), equipa pela qual alinhou na pretérita temporada (2022/23) – e que trocou pelo regresso ao Benfica na presente época - acusando os dirigentes de lhe terem prometido uma coisa e apresentado outra.

«[2022/23] foi uma época difícil para a Juve. Nunca percebi bem o que sucedeu durante a temporada. Tentei compreendê-lo e cumprir o meu dever, quando tinha de jogar. Não joguei muito e acabei por me ressentir. Tive várias discussões com os dirigentes e staff técnico, porque o que me foi apresentado não foi o que me disseram antes de assinar e ir para Turim. Depois, as coisas avolumam-se ao longo do acontecem ao longo do ano e percebes que a palavra deles não vale muito», afirmou ‘Fideo’, citado pelo calciomercato.com.

O jogador dos encarnados historiou ainda o processo da pré-temporada e repisou o que o levou a decidir-se pelo regresso ao Benfica, onde já estivera de 2007 a 2010, e disse ter recusado a Arábia Saudita.

«A Arábia Saudita entrou em contato comigo, e mais chamadas chegaram, sim. Foram ofertas incríveis [de valor pecuniário], mas escolhi com o coração: escolhi o Benfica», repisou ‘Fideo’, campeão do Mundo no Catar-2022 pela seleção das ‘pampas’, tema que, a talho de foice, aproveitou para deixar um recado para a supremacia argentina sobre as seleções europeias: tudo se resume, disse Di María, a uma questão de sentir a camisola ao máximo.

«Não acho que os meus companheiros de seleções europeias sintam a camisola das suas seleções como nós. Esperei toda a minha vida para ‘brincar’ de azul e branco. Acho que, com o Mundial, mostrámos que tudo pode ser alcançado. Tenho o troféu na minha sala de estar, e lembro-me sempre dos grandes momentos desses meses de novembro e dezembro», concluiu um argentino orgulhoso dos conterrâneos.