A mensagem de Pedro Proença pelo desaparecimento de Rui Nabeiro: «Homem ímpar»

Liga A mensagem de Pedro Proença pelo desaparecimento de Rui Nabeiro: «Homem ímpar»

NACIONAL21.03.202313:35

Rui Nabeiro, empresário e fundador do Grupo Nabeiro - Delta Cafés, faleceu este domingo no Hospital da Luz, em Lisboa, onde se encontrava internado devido a doença respiratória grave. Tinha 91 anos. O seu desaparecimento deixou uma onde de pesar no país, com o presidente da Liga, Pedro Proença, a sublinhar o seu legado no futebol, nomeadamente no Alentejo, e na vida social em geral. 

Eis a mensagem do presidente da Liga, Pedro Proença, que esteve presente nas cerimónias fúnebres em Campo Maior:

«Mais do que nos despedirmos do Comendador Rui Nabeiro – aos verdadeiramente grandes, àqueles que nos deixam uma marca tão profunda, nunca dizemos realmente adeus -, hoje foi dia de, em Campo Maior, homenagear um homem ímpar.

O Comendador Rui Nabeiro foi uma figura consensual, que marcou várias gerações, nas mais variadas áreas da sociedade portuguesa.

E o Desporto, em particular o futebol, uma das suas grandes paixões, não foi exceção. Visionário, percebeu a importância de colocar o Alentejo no mapa do Futebol Profissional e concretizou esse sonho quando conduziu o seu Campomaiorense à Liga principal, feito que a população celebrou com um entusiasmo que pude testemunhar nas várias vezes em que, como árbitro, tive o prazer de apitar em Campo Maior, onde tive a oportunidade de conhecer mais de perto a personalidade cativante e afável que todos reconhecem ao Comendador Rui Nabeiro. Acabaria, dizem que desiludido, por afastar-se de um futebol em que não se revia.

Hoje, como Presidente da Liga Portugal, é por um Futebol Profissional que não desiluda figuras com tamanha grandeza moral e intelectual que trabalho todos os dias. Porque figuras como o Comendador Rui Nabeiro fazem-nos falta. No Futebol e em todas as áreas da sociedade.

A sua partida deixa-nos um vazio impossível de preencher. Mas aquilo que representa deixa-nos um exemplo que temos a obrigação de seguir. Ou pelo menos tentar. É essa a maior homenagem que lhe podemos fazer.»